Aberta a temporada de praias e piscinas – e também de otites

Aberta a temporada de praias e piscinas – e também de otites

Especialista do Hospital IPO ressalta para alguns cuidados básicos e alerta para os perigos de mergulhar em águas impróprias 

Com a chegada das temperaturas altas e temporada de praia e piscina, aumentam muito os casos de otites – tradicional ‘dor de ouvido’ -, principalmente em crianças. É basicamente uma infecção na porção externa do ouvido, causada pela entrada de microrganismos – fungos ou bactérias. 

De acordo com o otorrinolaringologista do Hospital IPO, Rodrigo Kopp Rezende, nessa época do ano aumenta muito a procura por consultas de pacientes com sintomas de otite. “Mergulhar não causa a otite. O problema é o tempo de exposição e a qualidade da água”, explica, e completa: “há também fatores predisponentes para otites, como: pele seca com descamação, alterações anatômicas no ouvido como conduto auditivo estreito e presença de acúmulo excessivo de cera”. 

Geralmente o paciente busca ajuda médica porque começa a ter sintomas como coceira, vermelhidão e dor local, em seguida, dificuldades para ouvir e sensação de ouvido trancado. Segundo Kopp, o tratamento geralmente é feito com anti-inflamatório, analgésico e antibiótico tópico (gotas), e dura em média uma semana. “É fundamental a avaliação precoce de um médico especialista, uma vez que existem diferentes tipos de otites e de tratamentos. O importante é não se automedicar”, observa. 

Para não ter estes problemas, o médico dá algumas dicas simples, como não mergulhar em água suja ou mal tratada, diminuir o tempo de exposição à água e secar bem o ouvido com tolha. Kopp alerta também para que a pessoa não introduza nenhum instrumento para limpar ou coçar o interior dos ouvidos, porque pode ter o risco de lesar a pele e remover a camada que a protege, deixando-a desprotegida e propensa a se infectar em contato com a água.