Cálculo renal atinge uma em cada 200 pessoas
Tratamento que fragmenta as pedras evita cirurgia
A litotripsia extracorpórea por ondas de choque ou leco é um sistema em que ondas de choque são geradas a partir de uma fonte externa de energia e propagadas no interior do corpo até a fragmentação da litíase urinária, também conhecida como cálculo urinário ou pedra no rim. “Aproximadamente uma em cada 200 pessoas desenvolve pedras no rim e cerca de 80% desses indivíduos eliminam o cálculo espontaneamente pela urina, já os outros 20% necessitam de alguma forma de tratamento”, revela o médico Paulo de Almeida Rocha, urologista e responsável técnico pela litotripsia no Hospital VITA , em Curitiba.
Nem todos os cálculos renais necessitam de tratamento. Pacientes assintomáticos, que possuem cálculo sem obstrução ou danos para o sistema urinário, ficam em observação, porém as pedras podem ocasionar dores até que sejam eliminadas. Além disso, quando o cálculo é muito grande fica impossível passar pelas vias urinárias. O especialista explica que o problema acomete cerca de 7% dos brasileiros e a litotripsia permite transformar o cálculo em pequenas partículas que são eliminadas na urina, ou seja, sem a necessidade de cirurgia.
No procedimento, que dura cerca de 45 minutos, não há necessidade de anestesia e a sedação é raramente necessária, assim como a sondagem e a internação. “A intervenção pode ser realizada em pacientes com cálculo urinário de todas as idades, inclusive em crianças e idosos”, destaca o urologista.
Formação do cálculo renal - A litíase surge do acúmulo de amônia, cálcio, magnésio, minerais, proteínas, vitaminas, oxalatos, cistina ou ácido úrico nos rins, na bexiga ou nos ureteres – canais que ligam os dois órgãos. O problema pode ocorrer de forma isolada ou em grande número, apresentando-se em tamanhos que variam de 1 mm (equivalente a um grão de areia) até vários centímetros. As pedras começam bem pequenas e vão aumentando. O desenvolvimento, o formato e a velocidade de crescimento dessas estruturas dependem da concentração das diferentes substâncias químicas presentes na urina.
Fatores de risco para a formação de cálculo renal:
- Histórico familiar: se alguém na família já teve pedra nos rins, as chances de desenvolvê-las também são grandes. Se o paciente teve cálculo renal uma vez, as chances de reincidência são grandes;
- Adultos acima de 40 anos são mais propensos a desenvolver cálculo renal, mas o problema pode ocorrer em qualquer idade, inclusive em crianças;
- Homens são mais suscetíveis aos cálculos renais do que mulheres;
- Deixar de consumir água durante o dia, principalmente em dias quentes, aumenta o risco de desenvolver pedras nos rins;
- Dietas ricas em proteína, sódio ou açúcar também são consideradas fatores de risco;
- Pessoas com obesidade também possuem maior risco de apresentar pedra nos rins;
- Doenças do trato digestivo, como inflamação gastrointestinal, diarreia crônica e cirurgias, que ocasionam mudanças no processo de digestão e que afetam diretamente na absorção de cálcio e água, aumentam as chances de formação de cálculo renal;
- Alguns medicamentos também podem aumentar os riscos de cálculo renal.
Serviço:
Litotripsia - Hospital VITA
Endereço: Rua Alferes Ângelo Sampaio, 1896 - Batel - Curitiba
Telefone: 41 3883-8482, ramal 8741