O que você faria se tivesse poucos meses de vida?

O que você faria se tivesse poucos meses de vida?

Cuidados paliativos aliviam o sofrimento e proporcionam maior qualidade de vida a doentes terminais

O diagnóstico de uma doença fatal não é uma notícia fácil de lidar. Medidas que tragam alento, conforto e coragem são importantes para viver com menos angústia e mais serenidade até o fim. É justamente isso que os cuidados paliativos buscam oferecer, um conjunto de ações que visam melhorar a qualidade de vida e a dignidade da pessoa em tratamento no processo de terminalidade da vida. “Os cuidados envolvem não apenas o doente, mas também a sua família - e são aplicados por uma equipe multiprofissional: um grupo composto por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, odontólogos, farmacêuticos, educadores físicos, assistentes sociais e espirituais trabalhando juntos para proporcionar o conforto nesse momento difícil”, destaca o coordenador do curso de Pós-Graduação em Oncologia e Cuidados Paliativos da Universidade Positivo (UP), João Luiz Coelho Ribas.

As questões abordadas vão desde a prevenção e o alívio do sofrimento até a identificação precoce de sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. "O objetivo é que os pacientes possam viver o mais ativamente possível até o último minuto”, esclarece o coordenador. Os cuidados paliativos são proporcionais às necessidades do paciente e de acordo com a evolução da doença. Para aliviar o sofrimento são evitados procedimentos invasivos que manteriam a vida artificialmente, e também a chamada “futilidade terapêutica”, que é a indicação de medicamentos que não trazem benefícios reais e podem inclusive causar danos maiores ao paciente. “O foco principal do cuidado paliativo é a manutenção da qualidade de vida nesse momento com todo o aparato terapêutico necessário para que o doente usufrua esse período de sua vida da melhor maneira possível”.

A experiência mundial aponta que quando os cuidados paliativos são oferecidos precocemente e realizados de forma adequada, observa-se o prolongamento da vida. “No entanto, cabe ressaltar que esse não é e nunca será seu objetivo”, alerta Ribas. Os doentes que têm os sintomas controlados e são capazes de comunicar as suas necessidades emocionais também relatam uma melhor qualidade de vida. Segundo o especialista, esses cuidados devem começar no momento do diagnóstico e continuar durante o tratamento, pós tratamento e no final da vida, aliviando os sintomas e problemas emocionais decorrentes da doença.

Para Ribas, o curso de Pós-Graduação em Oncologia e Cuidados Paliativos da UP contribui para a eficácia das ações que envolvem todo o processo, principalmente no que diz respeito à instrumentalização e discussão do que é e como deve ser guiado o cuidado paliativo e, em especial, a integração multiprofissional que essa área exige. “Isso é, trazer o paciente para o primeiro plano, valorizar suas escolhas e fazer o possível e o necessário para a manutenção ou melhora da qualidade de vida nesse momento crítico de sua existência”. No curso, os profissionais encontram a oportunidade de conhecer, aprofundar e debater seus conhecimentos e ainda compreendem a importância das múltiplas profissões nesse cenário complexo e desafiador.  

Serviço:

Pós-Graduação em Oncologia e Cuidados Paliativos - Universidade Positivo (UP)

Duração: 420 horas

Início: Agosto

Previsão de Término: Abril de 2019

Aulas sábado e domingo, das 8h30 às 12h30 e 13h30 às 17h30

Local: Câmpus Ecoville (Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 - Ecoville - Curitiba - PR)

Investimento: 24 parcelas de R$ 396,92. Taxa de pré-matrícula: R$ 150,00 (o valor da taxa será abatido na primeira mensalidade)