Acabou o Carnaval; quando 2021 vai começar?

 

 

 

Acabou o Carnaval; quando 2021 vai começar?

Ausência de ritos de passagem atrapalha a sensação de que a vida segue: marcos temporais são importantes para o emocional e para a economia do país

No Brasil, é comum ouvir que o ano só começa depois do Carnaval. As férias de verão acabam, as aulas recomeçam, as atividades entram no ritmo, a economia acelera. Desta vez, com a folia suspensa por causa da pandemia, a dúvida é: quando, afinal, 2021 vai engrenar? Por que muita gente tem a sensação de que 2020 não terminou?

Para o mestre em Psicologia Guilherme Alcântara Ramos, professor do UNICURITIBA, membro do Núcleo de Atendimento Psicopedagógico da instituição e coordenador da Comissão de Psicologia Organizacional e do Trabalho do Conselho Regional de Psicologia, o cancelamento do Carnaval – e também do Réveillon - em função da pandemia, provocou a sensação de que 2020 foi um “ano sem fim”.

“Esses eventos são ritos culturais consolidados no Brasil como fases de transição e têm um efeito psicológico importante. Mesmo quem voltou ao trabalho em janeiro tem o Carnaval como um marco temporal. Esses momentos marcam uma nova fase que nos prepara para enfrentar as demandas futuras e, portanto, a não realização destas festas torna seu efeito simbólico mais frágil, provocando essa sensação de que algo está faltando e de que não estamos adequadamente preparados para o que está por vir”, explica.

Os impactos não são apenas psicológicos. A falta destes “marcadores” a que se refere o professor Guilherme tem reflexos também na economia do país. “É muito difícil pensar no começo de um novo ano, uma vez que a pandemia ainda não acabou. Infelizmente, os foliões ficaram sem Carnaval e a economia, sem pós-Carnaval”, avalia a economista Patrícia Tendolini Oliveira, mestre em Administração e coordenadora do curso de Relações Internacionais do UniCuritiba.

A retomada, continua a professora, está na expectativa de medidas como o novo auxílio emergencial (ainda que em uma versão diferente da adotada em 2020, com três parcelas de R$ 200 e menor abrangência), a antecipação do 13º do INSS, a reativação do programa de manutenção do emprego e a flexibilização das exigências para a concessão de crédito. “Essas iniciativas podem garantir uma certa retomada e uma melhora no ambiente econômico.”

Pandemia no centro das atenções

Mesmo que 2021 já tenha chegado, a tendência é que a vida continue girando em torno de um velho assunto: a pandemia. “Há estimativas de que apenas em setembro o Brasil alcance a chamada imunidade de rebanho, com boa parte da população vacinada, e só então a vida comece a voltar ao normal. Ainda assim há a possibilidade de novas cepas do vírus não serem combatidas pelas atuais vacinas, sob o risco de o problema se arrastar por mais tempo”, avalia a economista.

O psicólogo Guilherme Ramos concorda que o tema dominará a pauta nos próximos meses, impactando de forma significativa os processos de trabalho, emprego, renda, economia e as relações interpessoais. Tudo agravado pelo posicionamento divergente dos agentes públicos na condução do assunto.

“A divergência na conduta e nas comunicações confunde a sociedade e não cria um padrão de ações consistente a ser seguido pela população, aumentando a insegurança, os questionamentos, os conflitos, o esgotamento mental, o cansaço e essa sensação de que o ano não termina”, avalia.

Segundo Patrícia Tendolini, os reflexos são diretos na economia e embora a expectativa de crescimento gire em torno de 3,5% em 2021, o índice sequer recupera a queda de 2020, projetada para 4,3%.

“As medidas em estudo pelo governo federal podem representar uma leve melhora para a economia, mas a geração de emprego e renda no longo prazo vai muito além dessas ações pontuais e depende de fatores estruturais como produtividade da mão de obra, ambiente de negócios e segurança jurídica”.

Responsável por mais de 60% do PIB do Brasil, o setor de serviços pode contribuir para uma retomada econômica mais rápida, avalia a professora do UniCuritiba. “É importante que o comércio, restaurantes, bares, salões de beleza e serviços de transporte - atividades presentes em grandes e pequenas cidades - consigam retomar os negócios. O problema é que essas atividades são as que mais sofrem com o isolamento social e, portanto, são as que mais precisam da população imunizada contra o coronavírus.”

Vacinação em massa

Na avaliação da mestre em Administração, Patrícia Tendolini, a sensação de normalidade tão desejada pelos brasileiros e a “confirmação” de que o ano, de fato, começou, vão depender da imunidade de rebanho. “A vacinação em massa é fundamental. As estabilidades econômica e política estão diretamente relacionadas e a confiança de empresários e consumidores, tanto na economia quanto na política, será essencial para pensar em um futuro promissor para o país.”

Enquanto a imunização da população não acontece e os grandes eventos - os marcos temporais que ajudam na programação mental - não podem ocorrer em função da pandemia, o psicólogo Guilherme Alcântara Ramos tem dicas. “Podemos fazer rituais particulares que vão criar essa condição psicológica, essa predisposição para lidarmos com o novo, com as novas demandas, os novos projetos. Podemos estabelecer um marco próprio e que cause o mesmo efeito, não precisa ser exatamente uma festa de Réveillon ou o Carnaval”, ensina.

Importância dos ritos de passagem

O professor do curso de Psicologia do UNICURITIBA explica que os rituais de passagem são construções sociais e culturais importantes do ponto de vista emocional e psicológico. Ajudam, inclusive, a delimitar as formas como as pessoas são vistas socialmente.

É assim no aniversário de 18 anos, quando o indivíduo passa a ter novos direitos e deveres como cidadão; na formatura, quando deixa de ser estudante e se torna um profissional; no casamento, quando assume um novo status perante a sociedade. Mas não são apenas os grandes eventos que são importantes.

“Os rituais existem para aumentar a nossa predisposição diante de uma nova demanda. Em menor escala, são os ritos diários, como, por exemplo, tirar o pijama e se arrumar para o trabalho, mesmo que seja em home office. Isso nos faz sentir preparados para executar melhor as funções”, orienta.

É neste sentido que o especialista fala sobre a importância de cada pessoa criar seus próprios mecanismos para virar a chave e começar outro ciclo. “Se estamos impedidos pela pandemia de participar dos marcos temporais tradicionais, com aglomeração, o jeito é ter rituais particulares e específicos que provoquem as mesmas sensações e nos preparem para encarar o novo ano. Não precisamos depender do Carnaval para isso”.

Covid-19 e a sobrecarga emocional

Não bastasse a confusão provocada pela ausência dos tradicionais rituais que garantem o início de novas fases na vida das pessoas, a pandemia também restringiu as opções de lazer e diversão. Na avaliação do membro do Núcleo de Atendimento Psicopedagógico do UniCuritiba, professor Guilherme Alcântara Ramos, esse é outro complicador emocional.

“Além de termos que lidar com um inimigo invisível, o vírus da Covid-19 – o que torna o desafio do autocuidado e do cuidado com os outros ainda maior - o trabalho invadiu as residências e as condições de lazer e diversão foram reduzidas. Estamos mais cansados e sobrecarregados. Precisamos criar condições prazerosas, seguras e lúdicas para lidar com as alterações que a pandemia impôs às nossas vidas”, comenta.

 

 

 

Add a comment

Um ano de pandemia: como estão suas emoções?

 

 

 

Um ano de pandemia: como estão suas emoções?

Unimed Curitiba realiza amanhã uma live com especialistas para falar sobre os cuidados com a saúde mental nesse período de enfrentamento

Na próxima sexta-feira, dia 19 de fevereiro, acontecerá a segunda edição do projeto Diálogo Saudável de 2021 na página da Unimed Curitiba no Facebook. A partir das 11h, a cooperativa recebe em formato de live o médico cooperado especialista em psiquiatria, Gustavo Sehnem, e a psicóloga Jenima Prestes Vilches, colaboradora da Unimed Curitiba. Quase um ano após o início da pandemia, questões envolvendo a saúde física, emocional e mental das pessoas têm sido prioridade. Retomando o conceito “Tempo de cuidar, a cooperativa pretende provocar o público a refletir sobre o que tem feito por si mesmo neste período de pandemia.

Como tem dado continuidade à vida em 2021? Como se sente quando fica off-line ou se desliga as telas? Como tem lidado com o cenário de inseguranças e as mudanças decorrentes do enfrentamento do novo coronavírus, como a vacina e a nova variante? Para responder essas e outras dúvidas encaminhadas durante a transmissão ao vivo, os convidados dialogam com a jornalista Mira Graçano sobre a importância do autocuidado físico e mental para passar por esse momento de forma leve, buscando minimizar os efeitos da pandemia e encontrando formas de lidar com as pressões emocionais. Eles também vão ensinar técnicas para diminuir o medo e a ansiedade, e ainda dar dicas para estimular hábitos mais saudáveis.

No ano em que completa seu cinquentenário, a Unimed Curitiba está programando uma série de ações para comemorar esse marco histórico e uma delas é a continuidade desse projeto que é sucesso de público. A conversa será transmitida pela fanpage da Unimed Curitiba no Facebook, cumprindo seu propósito de abrir um canal de diálogo, aproximando as pessoas dos médicos para tratar de assuntos que são relevantes para o dia a dia, de uma forma mais didática e leve. Assista em www.facebook/UnimedCuritiba.

Serviço:

Diálogo Saudável ao vivo com o médico cooperado especialista em psiquiatria Gustavo Sehnem e a psicóloga Jenima Prestes Vilches

Tema: Um ano de pandemia: como estão as suas emoções?

Data: 19/02/2021 (sexta-feira)

Horário: às 11h

Local: Facebook da Unimed Curitiba

 

 

 

Add a comment

Jockey Plaza Shopping promove apresentações de patinação no gelo

 

 

 

Jockey Plaza Shopping promove apresentações de patinação no gelo

A atração também oferece aulas de patinação aos domingos

A partir desta sexta-feira, dia 19 de fevereiro, a segunda edição do Vikings no Gelo, maior pista de patinação no gelo já instalada em Curitiba, localizada na praça de eventos do Jockey Plaza Shopping, passa a promover apresentações de patinação, todas as sextas, às 19h, e aos sábados, às 16h. As apresentações são gratuitas.

Aos domingos, das 10h às 10h45, os instrutores da escola Footwork oferecem aulas de patinação, com a metodologia ISU (International Skating Union), que ensina os exercícios gradativamente respeitando o desempenho do aluno, conforme os níveis de dificuldade propostos na turma. Os ingressos são vendidos na bilheteria do evento, com o valor de R$70 por aula, e não é necessário agendamento prévio. Os participantes das aulas ganham 20 minutos de cortesia para ser usado em qualquer dia na atração.

A pista de patinação é direcionada para maiores de 5 anos. Para crianças de 2 a 5 anos, a atração oferece um passeio de trenó no gelo - sendo obrigatório o acompanhamento de um responsável legal. O parque de obstáculos recebe crianças de até 12 anos. Neste período de pandemia, os cuidados são redobrados: a capacidade foi reduzida em 50% esse ano, por conta da pandemia da COVID-19 e todos os equipamentos compartilhados seguem os protocolos de higiene, com todas as medidas de segurança, distanciamento e constante higienização das áreas comuns. A atração vai até o dia 21 de março.

O Jockey Plaza Shopping fica no Tarumã, na Rua Konrad Adenauer, 370 e tem estacionamento com valor fixo de R$12, por todo o período de utilização dentro da mesma diária.

Serviço:

Vikings no Gelo Jockey Plaza Shopping

Apresentações artísticas:
Sextas-feiras – 19h
Sábados – 16h

Aulas de patinação:
Domingos, das 10h às 10h45
R$ 70 – não é preciso agendar

Bilheteria:
Pista de patinação - 30 minutos – R$43 (dinheiro/débito) e R$45 (crédito)
Pista de patinação - 1 hora – R$65 (dinheiro/débito) e R$68 (crédito)
Parque de Diversões - 30 minutos - R$28 (dinheiro/débito) e R$30 (crédito)
Trenó 5 minutos – R$23 (dinheiro/débito) e R$25 (crédito)
Pista de patinação - Tempo adicional – R$30 (dinheiro/débito) e R$32 (crédito), com duração de 30 minutos, válido antes da retirada do kit de segurança.

Combos:
Combo 1 – dois ingressos, um para a patinação e outro para o parque, para o período de 30 minutos cada – R$60 (dinheiro/débito) e R$63 (crédito)
Combo 2 – três ingressos para a pista de patinação, com duração de 30 minutos - R$110 (dinheiro/débito) e R$115 (crédito)

Funcionamento do evento: Mesmo horário de funcionamento do shopping, de acordo com o decreto vigente.

Jockey Plaza Shopping 

R. Konrad Adenauer, 370

Lojas:

De segunda a sábado, das 10h às 22h

Domingos e feriados, das 14h às 20h

Alimentação e Lazer:

De segunda a sábado, das 10h às 22h

Domingos e feriados, 11h às 22h

 

 

 

Add a comment

Cinema do Shopping Curitiba realiza edição pet friendly

 

 

 

Cinema do Shopping Curitiba realiza edição pet friendly

CinePets abre espaço para que os apaixonados por cães e cinema possam se divertir ao lado dos seus animais de estimação

Curtir uma sessão de cinema com seu melhor amigo de 4 patas já virou rotina para muitos cinéfilos no Brasil. Se você é um deles, prepare a roupinha nova e o petisco, que o Cinesystem do Shopping Curitiba vai realizar mais uma edição do CinePets, sessão de cinema adaptada para que humanos e seus amigos de quatro patas possam se divertir juntos. A exibição acontece no dia 20 de fevereiro, às 15h, e o longa da vez é a animação “Tom & Jerry”.

O projeto, desenvolvido com exclusividade pela Cinesystem, começou em 2019 e a experiência deu tão certo que cães e humanos têm um encontro marcado todo terceiro sábado do mês. Para que a experiência dos tutores e seus cachorros seja a mais prazerosa possível, a exibição conta com toda a adaptação necessária de som e luz, deixando o ambiente mais agradável aos olhos e ouvidos do pet, mas sem que os humanos percam a qualidade do filme. As normas de distanciamento social e protocolos de bem-estar também são aplicadas com rigor e devem ser seguidas por todos.

A adaptação da sala de cinema fica a cargo da Cinesystem, mas, claro, há algumas regras para quem for participar. A primeira delas é que as poltronas são reservadas para os donos, os cachorros podem ficar no colo ou no chão. Estão liberados cães de pequeno e médio porte e que sejam sociáveis. Além disso, todos os animais precisam estar com as vacinas em dia e usar coleira. Ração e petiscos são permitidos. E não esqueça de levar água para os peludos em um recipiente adequado.

O Curitiba foi o primeiro shopping pet friendly da cidade e no fim do ano passado realizou uma ação de arrecadação de alimentos para cães resgatados. Cerca de 720 quilos de ração foram doados para o Amigo Animal, um abrigo que atende mais de mil cães resgatados das ruas.

Serviço:

CinePets no Shopping Curitiba

Local: Cinesystem do Shopping Curitiba

Dia: 20/02/2021 (sábado)

Horário: 15h

Filme: Tom & Jerry

Protocolos de Segurança e Bem-Estar

● Antes da abertura do multiplex, diariamente, uma equipe faz um processo rigoroso de higienização e sanitização, que engloba salas, poltronas, banheiros e pontos de contato. A recomendação é que a compra de ingressos seja realizada pelo site ou terminais de autoatendimento nos cinemas.

● Os ATMs, como são chamados, estão posicionados respeitando a distância mínima obrigatória. Esse distanciamento vale também para os banheiros, que contam com boxes e pias intercalados e demais pontos de atendimento. Os guichês possuem barreiras de acrílico para proteção e os locais na fila são sinalizados no chão.

● A entrega de produtos de bomboniere segue o alto padrão de higienização já utilizado em todos os cinemas da Rede desde a inauguração.

● O uso de máscara é obrigatório em todos os ambientes.

● A oferta de álcool gel nos pontos de circulação, que já era um padrão da empresa, segue com ainda mais rigidez, inclusive em torres de desinfecção. Tapete químico para limpeza dos sapatos também está instalado.

● As poltronas seguem um controle de distanciamento e funcionários estão de prontidão para garantir que o espaçamento seja cumprido. Somente pessoas de convívio próximo podem sentar lado a lado.

● Ao término da sessão, a equipe de colaboradores faz a organização da saída, seguindo ordem de fileiras e patamares, evitando assim aglomerações.

● Informativos espalhados por todo o multiplex reforçam para os clientes o protocolo seguido pela exibidora.

● Aumento de intervalo entre as sessões para que as salas, poltronas e pontos de contato sejam novamente sanitizados.

● Maior rigor da manutenção dos aparelhos de ar condicionado. O processo, que sempre foi bastante criterioso, está ainda mais detalhado, visando um ar mais seguro e renovado para os clientes.

 

 

 

Add a comment

"Em vários momentos pensei em desistir do Hugo Gloss", revela Bruno Rocha em entrevista ao podcast de Thais Roque

 

 

 

"Em vários momentos pensei em desistir do Hugo Gloss", revela Bruno Rocha em entrevista ao podcast de Thais Roque

Convidado desta edição do "De Carona na Carreira" fala sobre um lado de sua vida que pouca gente conhece, a de empreendedor e CEO de uma empresa que emprega 30 funcionários diretos

Na atual edição do podcast “De Carona na Carreira”, a administradora Thais Roque recebe como convidado Bruno Rocha, um dos nomes mais importantes e influentes da internet com seu personagem Hugo Gloss. Acostumado a ser abordado como uma celebridade ou questionado sobre como é viver rodeado delas, dessa vez, a pauta da conversa foi sua carreira profissional e de empreendedor revelando até que, em alguns momentos, chegou a pensar em desistir da internet para seguir carreira na TV Globo, onde trabalhava na produção do Caldeirão do Huck.

É certo que, como alguém que vive da internet, os influenciadores digitais fizeram parte do papo e Bruno fez questão de fazer um alerta a quem tem planos de trabalhar com o mesmo meio: “seguidor não é independência financeira”.

“Eu acho que as pessoas associam a fama a dinheiro muito pela glamourização que existe em relação a isso. As pessoas pensam ‘eu vou ter muitos seguidores, vou ficar rico, vou ganhar muita coisa’, mas isso não quer dizer que você vai conseguir transformar aquilo em dinheiro de fato. Permuta não paga a conta, né?”, destacou. No entanto, acrescentou: “Dependendo da inteligência que a pessoa tiver para o business ela pode transformar uma coisa em outra, sim, mas ela precisa se estruturar como empreendedora, como uma empresa. Porque, chega uma hora que você deixa de ser uma pessoa e se torna uma marca”.

“Não me vejo como influenciador”

Bruno reforça que ele não é uma marca, ele criou uma marca. “Não me vejo como um influenciador, eu sou responsável por uma marca. Claro que meu rosto foi associado a ela ao longo dos anos, mas ela é muito mais do que eu. É uma equipe, um portal de muita credibilidade que foi muito difícil de construir. Eu acho que eu sou um profissional de comunicação, o que é diferente de ser influenciador, que são pessoas que transformam suas vidas em uma marca pessoal”.

Quando Thais pergunta o que Bruno e Hugo em tem comum, ele se diverte: “a gente tem a mesma cara (risos) e uma paixão imensa pelo trabalho”. E faz questão de destacar também uma diferença: “eu gostaria de ser tão feliz quanto o Gloss. Ele está sempre feliz, sempre sorrindo, e a vida a gente sabe que não é assim, né? É aí que a gente se separa, quando eu tiro a emoção e o Bruno se torna CEO de uma empresa”.

“Já tive muito problema com rejeição”

Apesar de se posicionar como um empresário e dono da marca Hugo Gloss, Bruno é uma pessoa pública e, como tal, está exposto aos julgamentos das pessoas, algo com o que ele aprendeu a lidar com tempo. “Já tive muito problema com rejeição, com coisas ruins, negativas, com o povo falando mal de mim. Isso me consumia, eu ficava triste de verdade. Hoje em dia, não, eu já me acostumei, não dou tanta importância”.

Sobre a cultura do cancelamento, Bruno não se assusta tanto e tem uma opinião bastante particular. “As pessoas públicas que sofrem cancelamento, são pessoas que estão produzindo muita coisa e ganhando muito dinheiro. Se você parar para pensar na Anitta, na Bianca Andrade (a Boca Rosa), são pessoas que já foram canceladas um milhão de vezes e continuam aí se reinventando, ganhando dinheiro, vendendo produtos, fazendo campanha. Você não pode se dar a importância que as pessoas estão dando, então a gente vai ganhando uma casca na vida que acaba virando combustível. Você sabe que passou por coisa pior, que você vai se levantar. Hoje em dia, na internet, qualquer cancelamento dura 30 minutos”.

“Não via o Hugo Gloss como trabalho”

Bruno conta que causou estranhamento e insegurança o fato de começar a ganhar dinheiro com algo que para ele era tão natural, um hobby.

“O Hugo Gloss nunca foi o que eu queria fazer de verdade. Para mim é uma coisa tão fácil, e tão da minha essência. Eu nunca olhei para aquilo e pensei que poderia ser um trabalho. Eu demorei muito tempo para entender, porque eu vivia em negação ‘isso não pode ser um trabalho, tá muito fácil’. Eu me culpava, eu dizia ‘não é possível, isso não pode estar acontecendo’”.

Seus planos eram outros, mas ele ainda não desistiu deles. “Eu tinha o sonho de escrever dramaturgia, eu ainda tenho. Eu falava em novela, hoje em dia não sei se precisa ser uma novela, pode ser uma série, alguma outra coisa. Esse é um lado muito do Bruno, eu não quero que o Gloss assine nada. Eu tenho várias ideias, mas hoje o trabalho me consome bastante, então vai ter um momento que eu vou ter que me afastar um pouco para colocar essas coisas em prática, tirar do plano das ideias e colocar no plano real”.

“Eu pensei que não precisava mais do Hugo Gloss”

Thais relembra que, enquanto Bruno esteve na Rede Globo ele tinha uma jornada dupla, trabalhava com o Luciano Huck e mantinha o Hugo Gloss ativo nas redes sociais. Um período que, para ele, foi muito complicado, já que o seu personagem na internet crescia rapidamente e ele fazia tudo sozinho.
“Foi muito difícil, em vários momentos eu pensei em desistir do Hugo Gloss, porque, como eu falei, para mim era como um hobby. Então, entre ter um trabalho e ter um hobby e ia escolher ter um trabalho. Meu plano de carreira naquele momento era a TV Globo, o Hugo Gloss tinha sido só um meio para eu chegar lá. Então, houve momentos em que eu pensei que não precisava mais dele”.

“Fui ameaçado de demissão”

“Logo que eu fui trabalhar na Globo eu tive vários perrengues, porque a rede social estava crescendo e eu fui trabalhar na maior emissora do país e, antes, eu falava tudo o que eu pensava na internet. Várias vezes fui chamado em sala de diretoria, fui ameaçado de demissão. Porque, de repente eu via uma cena de novela que eu não gostava e comentava ‘nossa, que cena mal feita’. Eu esquecia que eu era funcionário, pra mim eram coisas separadas. Na verdade, em um momento eu cheguei a ser demitido da TV Globo por conta da internet. Minha vida tinha acabado, eu chorava, fui para a casa da minha mãe dizendo que eu tinha estragado tudo, o meu sonho. Foi a época que eu pensei em desistir do Gloss”, revelou durante a entrevista.

Para dar conta da jornada dupla foram vários desafios. “Teve uma vez que eu fui fazer um trabalho em Roma pelo Hugo Gloss, eu ainda trabalhava na TV Globo, e o aeroporto de Roma pegou fogo. Cancelaram todos os voos e eu tinha uma gravação com o Luciano e a Angélica no dia seguinte. Eu tinha que chegar no Brasil. Dei um jeito, fiz várias conexões, cheguei do aeroporto direto para o estúdio.

“Chegou uma hora que eu tive que escolher”

Bruno acabou não desistindo do Hugo Gloss e, como quem acompanha sua carreira deve saber, ele acabou desistindo da TV, afinal, a internet passou a ser sua principal fonte de renda. “Chegou uma hora que eu tive que escolher ou eu ia começar a fazer uma coisa ruim. Ou ia fazer meu trabalho ruim na TV Globo ou ia fazer algo ruim na internet”.

Mas revela que a decisão não foi tão simples porque, não era só o dinheiro que estava em jogo, mas um sonho de infância. “Foi muito difícil para mim abrir mão daquilo, trabalhar na Globo era o meu sonho. Quando eu era criança eu falava que eu ia ser apresentador do Vídeo Show. Hoje eu tenho meu próprio Vídeo Show que é o Hugo Gloss.”

Hoje, ele tem certeza que optar pelo Hugo Gloss foi a melhor opção e que deve à ele muito de suas conquistas. “A coisa mais incrível que o Hugo Gloss me proporcionou foi conseguir a casa para a minha mãe, ajudar na criação da minha afilhada, poder trazer conforto para a minha família inteira, saber que, se tudo acabar hoje, a base está ali muito bem feita”.

Contudo, ele fez questão de dizer seus planos a longo prazo não se limitam ao Hugo Gloss. Tem o sonho de desenvolver um trabalho em dramaturgia assinando como Bruno. “Eu não quero ser Hugo Gloss para sempre, eu gosto muito de ser Bruno”.

Para conferir o papo na íntegra com esses e outros detalhes curiosos e divertidos da carreira de Bruno Rocha e seu personagem Hugo Gloss, ouça o podcast “De Carona na Carreira”, de Thaís Roque, no link: ‎De Carona na Carreira: 035. Da internet pro mundo - Bruno Rocha (Hugo Gloss) no Apple Podcasts

Sobre o “De Carona na Carreira” e Thais Roque

De carona na Carreira é um podcast apresentado por Thaís Roque com novas entrevistas todas as quintas-feiras. O programa conta sobre as mais incríveis jornadas profissionais, de executivos a celebridades, através de entrevistas e cápsulas rápidas, te levando para passear pelos caminhos percorridos por gente de sucesso, e mostra que o impossível é uma questão de ponto de vista.

Thaís Roque, a idealizadora e apresentadora do canal, formou-se em administração e passou oito anos tentando se encontrar em multinacionais como Nestlé, Pão de Açúcar, Symantec, Cruz Vermelha e Accenture em áreas diversas: Supply Chain, Vendas, Planejamento Estratégico, Recrutamento e Cultura Organizacional.

Para ela, a alegria de viver só acontecia após o expediente e foi em sua incansável busca por um significado a mais em sua vida que, em 2009, foi estudar gerenciamento de negócios e coaching por dois anos na New York University (EUA).

Em 2015 lançou o projeto #MeuPropósito que foi inovador ao trazer propósito como uma forma de trabalho, ganhou muito espaço na mídia e teve sua história contada em um trecho do livro de André Carvalhal, “Moda com Propósito”.

Em 2017 cursou no Disney Institute o curso de Qualidade de Serviço, uma das suas grandes paixões e, em 2020, criou o podcast “De Carona na Carreira”.

De Carona na Carreira

‎https://podcasts.apple.com/br/podcast/de-carona-na-carreira/id1524469541

 

 

 

Add a comment

Subcategorias

X

Buscar artigos