Doenças de inverno: o perigo da automedicação
O especialista do Hospital IPO alerta que, além de não curar o problema, ingerir medicamentos por conta própria pode ocasionar efeitos colaterais e até a morte
Dores de garganta, rouquidão, gripes, resfriados e todas as ‘ites’, que mais afetam a população no inverno não devem ser tratadas como se fosse uma simples doença ou com automedicação. Esse é um alerta que fazem os médicos otorrinolaringologistas que estão no dia a dia atendendo a população afetada por estes sintomas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as reações adversas a medicamentos representam mais de 10% das internações hospitalares.
Geralmente as pessoas pensam que é uma situação simples de ser resolvida e compram um remédio achando que logo passa. Mas isso pode só piorar. De acordo com o Dr. Sergio Maniglia, do Hospital Ipo, geralmente nesses casos as pessoas utilizam remédios que não são adequados nem eficazes e causam muitos efeitos colaterais, podendo a doença ter uma má evolução, com risco de vida para o paciente.
“É muito importante fazer uma avaliação detalhada para ver as características pertinentes a cada situação, como por exemplo se é causada por um vírus ou uma bactéria, se há outros sintomas evidentes e correlatos”, explica Maniglia. Segundo o médico, a automedicação e ainda com o agravante de ser errada, acaba gerando no indivíduo resistência a antibióticos, por exemplo, que depois, se necessário, não faz muito efeito no paciente, e que acaba necessitando de remédios mais caros, mais potentes.
Efeitos colaterais - A otorrinolaringologista Renata Becker, que atende o plantão no Hospital IPO, conta que é muito frequente atender pacientes que começaram com uma dorzinha, não valorizaram, tomaram anti-inflamatório por conta própria e de maneira errada, inclusive chegam com sobrecarga até no rim por muitos remédios.
Renata conta também de muitos casos em que os médicos receitam o antibiótico, o paciente toma um ou dos remédios a menos, não fazendo o tratamento completo, criando uma maior resistência das bactérias. “E para piorar, em uma próxima situação semelhante, tomam um comprimido achando que vai resolver. Só que o medicamento deve ser tomado em dose certa, no horário certo, com indicação certa. Se isso não ocorrer, vai gerando resistência bacteriana”, avalia.
Sobre o Hospital IPO -O Hospital IPO é especializado no tratamento de ouvido, nariz e garganta, e conta com uma equipe multidisciplinar de áreas relacionadas à otorrinolaringologia. Atualmente possui o único pronto-atendimento 24 horas da especialidade no sul do País, mais de seis centros de tratamento, estrutura educacional volta para a otorrinolaringologia, mais de 150 médicos atendendo em 20 especialidades e mais de 20 unidades de atendimento no Paraná e Santa Catarina.
O grupo surgiu com união de um grupo de professores de medicina da Universidade Federal do Paraná, em outubro de 1992, para a criação de um centro especializado em otorrinolaringologia, ofertando consultas, exames, procedimentos ambulatoriais e cirúrgicos. Em junho de 2000 inaugurou seu hospital, um edifício de 11 mil metros quadrados, dispostos em 10 andares, localizado em Curitiba, no bairro Água Verde. www.ipo.com
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