Imposto sindical e o fim da sua obrigatoriedade

Imposto sindical e o fim da sua obrigatoriedade

André Gonçalves Zipperer e Fabio Freitas Minardi*

O “imposto sindical”, assim denominado pela CLT no atual artigo 578, é uma contribuição obrigatória devida por todos aqueles que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão. É descontado todo mês de março de todo trabalhador empregado, em valor equivalente a um dia de seu salário.

Tal contribuição gerou, só no ano de 2015, 3,5 bilhões de reais, sendo que destes, 2,1 bilhões foram distribuídos entre sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Trata-se de lei ultrapassada, datada da década de 40 que permanece em vigor até os dias de hoje e que favorece o aparecimento de sindicatos de fachada que não defendem em nada os interesses de sua classe. Atualmente, até janeiro de 2017, havia no Brasil 16.491 sindicatos - número que não passa de 200 em países como Reino Unido e Argentina - sendo 5.251 de empregadores e 11.240 de empregados. Estima-se que 20% destes sindicatos jamais participaram de uma negociação coletiva.

Mesmo entre os representantes dos trabalhadores tal contribuição não é unanimidade. A própria CUT é a favor do fim do imposto sindical defendendo a liberdade sindical e a autonomia para decidir qual será a forma de sustentação financeira do sindicato. Aliás, esse princípio da liberdade sindical também encontra guarida na órbita internacional, na Organização Internacional do Trabalho (Convenção n. 87), que abraça o direito do sindicalizado em custear o sindicato por livre opção.

Até 10 de novembro de 2017, quando encerra a vacância da Lei 13.467, chamada de reforma trabalhista, o imposto sindical era uma norma que conflitava a esse princípio da liberdade sindical, visto que detinha natureza obrigatória expressa em lei.  Outros artigos da CLT também foram alterados pela reforma, e se coadunam no mesmo sentido, qual seja, os empregadores ficam obrigados a descontar da folha de pagamento dos seus empregados, desde que por eles devidamente autorizados. Igualmente, os empregadores também estão livres para optar pelo recolhimento da contribuição patronal.

A Reforma Trabalhista, em boa hora, extinguiu definitivamente a compulsoriedade do referido imposto, retirando sua natureza tributária, porquanto atualmente não se justificava a manutenção de um sistema de cobrança obrigatória, outorgada pelo Estado (e sem a fiscalização deste), em favor para uma entidade de caráter eminentemente privado.

A maioria do debate em torno do fato tem sido permeado por ilações ideológicas nem sempre técnicas, mas o fato é que com a Reforma Trabalhista, o legislador acertadamente retira o empregado de uma posição perigosa e injusta visto que deveria apresentar uma oposição, e ainda em tempo hábil, com protocolo junto ao empregador e ao sindicato, para não sofrer desconto salarial. Agora, é o sindicato que deverá convencer o empregado a autorizar o desconto. Antes, a inércia do empregado levada ao desconto salarial, agora, com a Reforma Trabalhista, a sua inércia não permite o desconto.

Que o debate não afaste a importância das entidades de representação sindical para trabalhadores e empregadores. Sindicatos pouco representativos devem ser extintos. Já aqueles que bem representem a categoria conseguirão fontes alternativas de custeio tais como acontece com associações de determinadas categorias que se bem mantém oferecendo serviços ao associado, não se olvidando também da importância que passam a ter as negociações coletivas com a prevalência do negociado sobre o legislado, outra novidade da reforma que deve trazer o representado para perto do seu representante. 

*André Gonçalves Zipperer, mestre e doutorando em Direito, é professor do curso de Pós-Graduação em Direito e Processo do Trabalho da Universidade Positivo (UP) e sócio do escritório Zipperer e Minardi. Fabio Freitas Minardi, mestre em Direito, é professor do curso de Pós-Graduação em Direito e Processo do Trabalho da Universidade Positivo (UP) e da graduação em Direito da FAE

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Portal RIC Mais fatura seu primeiro prêmio de jornalismo

Portal RIC Mais fatura seu primeiro prêmio de jornalismo

Portal de notícias do Grupo RIC Paraná já colhe frutos dos diversos investimentos realizados em 2017 

O Portal RIC Mais – portal de notícias do Grupo RIC Paraná – ganhou o primeiro lugar no Prêmio Amop de Jornalismo 2017 na categoria Web, com a reportagem "Toledo: agronegócio 2017", do jornalista Vagner Krazt, da RICTV | Record TV Oeste. A cerimônia de premiação aconteceu na noite da última sexta-feira (10), em Cascavel. 

Esta foi a 12ª edição do prêmio e primeira edição a premiar reportagens digitais. “É muito emocionante ver essa equipe garantindo o primeiro prêmio do Portal RIC Mais já na primeira vez em que a AMOP concede essa honraria à categoria web", disse o gerente de mídias digitais do Grupo RIC Paraná, Riadis Dornelles. 

"Vencer esse prêmio, que é um dos mais respeitados reconhecimentos do jornalismo no interior do estado, é muito gratificante. Isso aumenta e muito a responsabilidade e claro, confirma que o Grupo RIC está no caminho certo. Fazer comunicação com qualidade é respeito ao público", comemorou Vagner Krazt. O jornalista ainda contou que foi uma honra a oportunidade de mostrar a potência do estado do Paraná. “Expor a força do campo paranaense é mostrar que somos ricos em números, temos braço forte e gente que nunca abaixa a cabeça”, disse. 

Desde o início deste ano, o Grupo RIC vem investindo em estrutura física e tecnológica, além da reformulação de equipe e estratégia para posicionar o RIC Mais como um dos portais mais relevantes e acessados do estado. Um dos primeiros grandes passos do planejamento que já teve implantação foi a parceria com o Portal R7, em seguida os projetos de branded content e, em breve, o portal passará por uma reformulação no layout.

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Atualização do Saúde Já Curitiba traz novas modalidades de atendimento

Atualização do Saúde Já Curitiba traz novas modalidades de atendimento

Versão 2.0 do aplicativo permite o agendamento on-line de atendimento odontológico

Já está disponível no Google Play e na App Store a nova versão do Saúde Já Curitiba, aplicativo desenvolvido pelo Instituto das Cidades Inteligentes (ICI) para a Prefeitura de Curitiba e que permite o primeiro agendamento nas unidades de saúde. Por meio dessa atualização, agora também está disponível o agendamento de atendimento odontológico e o vínculo de dependentes.

Outra novidade do app é que o processo de cadastro foi simplificado: quem não tiver um registro em uma unidade de saúde, poderá fazê-lo por meio do Saúde Já Curitiba e finalizar apresentando a documentação no dia do atendimento.Todos os dados de contato também poderão ser editados pelo app, como telefone, e-mail e a inclusão de foto.

Serviço:

Saúde Já Curitiba

Disponível para Android (Google Play), iOS (App Store) e on-line (www.saudeja.curitiba.pr.gov.br)

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Sexta Prime do Sale Pepe tem cozinha do mar e da terra

Sexta Prime do Sale Pepe tem cozinha do mar e da terra 

O menu especial das sextas-feiras do Restaurante Sale Pepe tem pratos especiais neste dia 17 de novembro. Montado para celebrar a chegada do fim de semana, o cardápio apresenta pratos diversos, diferente dos outros dias temáticos. O buffet, que sai a R$ 67,90 o quilo, conta com destaques tanto entre carnes quanto frutos do mar, elaborados pela gastrônoma Mayara Ueda. O Sale Pepe abre das 11h30 às 15h. 

Os fãs de frutos do mar podem aproveitar nesta sexta o Salmão assado ao pesto, Linguado no sucrilhos e Camarão com requeijão. Entre as carnes, estão os destaques Picanha Suína acebolada, Ribeye grelhado e Galeto de frango. Completam o menu Trouxinha de ricota com espinafre, Nhoque parisiense, Spaguetti com cenoura e abobrinha, Legumes grelhados, Lasanha de berinjela, Purê de batata salsa, Arrozes branco e integral, Farofa e Feijão carioca. Para sobremesas, há Pudim, Sagu, Brownie, Torta holandesa, Tiramisu, Cocada assada e Churros. 

Sexta Prime no Sale Pepe Restaurante 

Data: sexta-feira, 17 de novembro

Horário: das 11h30 às 15h

Valor: R$ 67,90 o quilo

Endereço: Rua XV de Novembro, 818 - Centro, Curitiba - PR

Informações: www.salepepe.com.br

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10º Festival de Cinema Lapa

10º Festival de Cinema da Lapa

O evento, um dos principais festivais de cinema do país, será realizado entre os dias 22 e 26 de novembro na histórica cidade da Lapa (PR) 

Entre os dias 22 e 26 de novembro, acontece a 10ª edição do tradicional Festival de Cinema da Lapa, na histórica cidade da Lapa (PR), localizada na região metropolitana de Curitiba. Promovido pelo Instituto Histórico e de Cultura da Lapa, em parceria com o Instituto Borges da Silveira, o evento é considerado uma das principais celebrações do cinema nacional. 

Durante a programação oficial, serão exibidos gratuitamente 34 filmes ao longo dos cinco dias de evento, além da realização de oficinas e bate-papos, em dois espaços selecionados especialmente para o festival: uma enorme tenda instalada na Alameda David Carneiro e o histórico Theatro São João. Um dos grandes destaques da programação ficará por conta da mostra competitiva, que contará com a exibição dos filmes “João O Maestro”, “A Menina Índigo”, Filme da Minha Vida” e “Bye Bye Jaqueline”. A primeira exibição da mostra competitiva será o filme “João O Maestro”, que será apresentado na quinta-feira (23), a partir das 20h. O filme é uma produção da LC Barreto e Filmes Equador, em parceria com a Globo Filmes. Protagonizado pelo ator paranaense Alexandre Nero, a obra conta a história de João Carlos Martins, um dos grandes nomes da música brasileira. 

Na sexta-feira (24), também a partir das 20h, será exibido o filme “A Menina Índigo”, de Wagner Assis. A produção da Cinética Filmes e Produções conta a história de Sofia, uma criança especial que desenvolve o dom de curar enfermidades. Quando um jornalista sensacionalista descobre sobre a menina, obriga seus pais separados a se unirem para auxiliá-la. Já no sábado (25), a partir das 20h, é a vez do “Filme da Minha Vida”, uma produção Bananeira Filmes em parceria com a Globo Filmes, com direção e participação de Selton Mello. A obra conta a história do jovem Tony, que decide voltar a sua cidade natal e ao chegar descobre que Nicolas, seu pai, também está na cidade. O filme traz uma abordagem sobre conflitos e inexperiências juvenis. 

Para completar, no domingo (26), a partir das 16h, será a vez do filme “Bye Bye Jaqueline”, de Anderson Simão. A obra conta a história de Jaqueline, uma jovem humilde de 16 anos, bolsista em um colégio particular, que passa seus dias dividida entre os estudos e os pensamentos em Fernando, o garoto mais bonito da escola e por quem ela está perdidamente apaixonada. O que ela não imagina é que sua melhor amiga, Amanda, já namorou o rapaz e que ele próprio tem um segredo capaz de impedir qualquer chance de namoro entre os dois. 

Além da mostra competitiva, a programação oficial trará dezenas de exibições diárias, longas, curtas e médias metragens para todos os gostos e públicos. Entre eles estão uma série de filmes produzidos por jovens cineastas na cidade da Lapa: “Filme da Oficina Mariental”, projeto do Cinema na Lapa; “Lapeanas de Verdade”, de Bruno Oliveira Santos; “OverAlive - Lucid Reverie”, de Nyck Maftum; “A Casa Morta de Meus Avós”, de Leandro Cordeiro; e “Tropeirismo”, de Daiana Lopes. Para quem gosta de filmes infantis, um dos destaques será “A Banda dos Bichos Supermaluquinhos”, de Almir Correia. 

Outros destaques do 10º Festival de Cinema da Lapa ficam por conta dos filmes“Entre Nós O Estranho”, “Teatro de Sombras”, “Quem tem medo do Popoyosky?”, “Contadores de Carros”, “Bola pra Frente” e “A Menina de Tranças”, dirigidos porGuto Pasko; e das obras “Nerds Inglórios” e “Amor é Uma Coisa Estranha”, da Turma Polvo, e “Virtualville”, da Turma dos Contrastes. Completam a programação “As Verdades de Ale em Nós”, de Juslaine Abreu Nogueira; “Órion” de Rodriane DL; “O Homem Sem Fim”, de Rodrigo Almeida Leite; “A Pesquisa”, de Oda Rodrigues e Manoelle Fuzaro; “Lulu A Louca”, de Estevan Silvera; “Depressão”, de Guilherme Souza; “Luto”, de Edu Camargo; “Quando Desaba”, de Tiago Campetti; e “Bye Bye Jaqueline”, de Anderson Simão. 

Sessão da Meia Noite 

Na madrugada de sexta (24) para sábado (25), a partir das 00h, o Festival de Cinema da Lapa vai promover a clássica Sessão da Meia Noite, com a exibição de quatro filmes de terror: “Pessoas mortas não precisam de bateria”, de Almir Correia; “End of the road”, de João Vitor Ferian; “Cercados Pela Morte”, de João Vitor Ferian; e “Paula Paranormal”, de Almir Correia. 

O 10º Festival de Cinema da Lapa acontece entre os dias 22 e 26 de novembro, na tenda instalada na Alameda David Carneiro e no histórico Theatro São João, ambos no centro da cidade. Toda a programação é gratuita. Mais informações e a programação completa do evento estão disponíveis no e www.ihclapa.com.br ou na página oficial do festival no Facebook (www.facebook.com/festivaldalapa).

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