O país que queremos

O país que queremos

Daniel Medeiros*

Há, na nossa imaginação, um retrato de um país que não existe. E, caso este país existisse, talvez não pudesse nos incluir nele. Porque um país como o que imaginamos exigiria de nós mais do que apenas sonhar. E aí reside o problema.

De tempos em tempos, os institutos de pesquisa perguntam sobre como enxergamos os políticos, os empresários, as forças armadas, os correios, etc. E sempre o resultado traduz o quanto somos exigentes com a honestidade ou com a lassidão dos outros. Para nós, os serviços públicos são sempre péssimos, a educação vai de mal a pior, e os políticos, esses deveriam todos apodrecer no xilindró. Mas nunca respondemos a pergunta que fica no ar: e quem iria exercer as funções dos funcionários, professores e dos políticos? E como essas funções seriam exercidas? Melhor? De forma mais eficaz e honesta? Na nossa imaginação, sem dúvida seria bem melhor, afinal nós estaríamos lá. E na nossa imaginação, tudo fica bem melhor com a nossa presença.

Certa vez, vi uma charge muito instrutiva: nela um homem pergunta para uma multidão: “quem quer mudanças?” E todos levantam os braços. E então ele pergunta: “quem quer mudar?” Bom, aí que reside o problema… Em uma velha anedota, o homem pedia todos os dias a um santo para ganhar na loteria. Até que um dia, ajoelhado para, mais uma vez, pedir a graça de se tornar rico, o homem ouviu uma voz do alto lhe dizendo: “eu quero ajudar mas, por favor, jogue na loteria!”.

O país que queremos é possível. Talvez até seja provável. E ele pode estar ao alcance de nossas ações. Mas enquanto reclamamos dos impostos que, sempre que possível, sonegamos; enquanto reclamamos da corrupção que, sempre que possível, locupletamo-nos; enquanto reclamamos da falta de civismo que, sempre que possível, negligenciamos, o país que queremos fica mais distante. Replicando Sartre, o inferno não são os outros. O inferno é acharmos que as coisas não acontecem porque os outros deveriam fazer o que não fazemos.

Certa vez, conversava com um senhor que tinha ido buscar seu cartão de idoso. Era um homem forte e saudável e não pude evitar a pergunta: “por que o senhor vai usar o cartão de idoso para ocupar vagas especiais se o senhor não precisa delas?” E ele me disse: "eu não preciso, mas se é meu direito, vou usá-lo”. Penso que toda a reflexão sobre o país que queremos cabe nessa resposta. E quando uma pessoa que precise estacionar naquela vaga não puder fazê-lo, porque aquele senhor forte e saudável está exercendo “o seu direito”, talvez ouçamos: “mas que país é esse, que não cria mais vagas para os idosos? Mas o que esperar, com esses políticos corruptos e ladrões? Não tem jeito mesmo!”

Bom, jeito tem. E ele está diante de nós, ao alcance de nossas mãos. Mas aí é que reside o problema. 

* Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica pela UFPR e professor no Curso Positivo.

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Diabetes: uma doença de adultos que cresce entre as crianças

Diabetes: uma doença de adultos que cresce entre as crianças 

Redução de peso e reeducação alimentar são fundamentais na luta contra a doença 

O diabetes é uma doença crônica que pode acometer adultos e crianças. A cada dia, cresce o número de casos da doença entre os pequenos. Nas crianças, o tipo mais comum é o I e caracteriza-se pela baixa produção de insulina. Porém, o tipo de diabetes por resistência insulínica também está crescendo entre elas. Esta é causada por alimentação desequilibrada e aumento de peso. 

Segundo a endocrinopediatra, Myrna Campagnoli, do Laboratório Frischmann Aisengart, a educação e precaução devem andar juntas na luta contra a doença entre as crianças e adolescentes. “A família tem papel fundamental na prevenção do diabetes, não só porque as crianças seguem os (maus) hábitos que têm em casa, mas também porque a intervenção é mais eficaz se feita nos primeiros dez anos de vida. Quanto mais avançada a idade, mais difícil é mudar os hábitos”, menciona. 

Alguns sinais podem ajudar na identificação dos possíveis casos de diabetes  na infância e adolescência. A especialista explica que a demora no diagnóstico pode levar a casos graves. “Consultas com pediatras e exames frequentes, de acompanhamento, ajudam muito na prevenção da doença. Um ponto que não deve ser esquecido é que os pais também precisam consumir alimentos saudáveis! Se esse hábito não estiver presente no dia a dia da família dificilmente a criança vai adquiri-lo e a não aceitação aos alimentos mais saudáveis passa a ser uma situação constante. Além disso, leve seu filho a feira e ao supermercado para que ele veja os alimentos saudáveis na sua forma natural, se encante com o seu colorido e se sinta mais atraído em consumi-los. Além de ter mais vontade de comer, a criança sai do sedentarismo faz uma caminhada longe dos tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos”, comenta. 

Confira seis dicas da endocrinopediatra sobre os possíveis sintomas do diabetes. 

Se a criança tiver pelo menos dois deles, fique atento: 

1.      Fome, sede e urina em excesso;

2.      Ardência ou coceira ao urinar;

3.      Fraqueza, sonolência e tontura;

4.      Dificuldade para enxergar ou visão embaçada;

5.      Perda brusca de peso;

6.       Câimbras e formigamentos.

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Resolvendo conflitos empresariais pela mediação

Resolvendo conflitos empresariais pela mediação

Mesa reunirá três debatedores em torno de um dos principais problemas das empresas

O consultor Gino Oyamada, sócio-gerente da 3G – Governança, Gestão e Gente, estará na mesa de debates sobre “Mediação e arbitragem como forma de resolução de conflitos empresariais”, no dia 29, das 19h30 às 21h, no auditório da Faciap, em Curitiba. Trata-se do primeiro evento oficial promovido pelo Instituto Latino Americano de Direito Empresarial e Público (Iladep), criado no ano passado.

Sua presidente, a advogada Caroline Alessandra Taborda dos Santos, conduzirá as discussões, abertas à participação dos convidados, entre eles empresários, administradores de empresa, advogados, profissionais atuantes na área de mediação e arbitragem, e quem mais tiver interesse na matéria.

De acordo com Gino Oyamada, nenhum empresário pode se achar a salvo de conflitos em sua organização. "É uma ilusão que sempre custa caro. Quando conflitos não são tratados adequadamente, eles só crescem e podem se tornar incontroláveis, gerando desgastes, custos e perda de credibilidade, abrindo até mesmo espaço para a concorrência. Trabalhar preventivamente e estar atento é mais do que necessário."

O papel da governança, alerta ele, é contribuir para a mitigação dos potenciais conflitos e riscos, e auxiliar na construção das organizações.

A mediação e a arbitragem são instrumentos para isso e vêm sendo adotadas com sucesso pelas empresas. “Além de seu alto índice de resolutividade, a mediação evita o calvário que a crise do judiciário impõe a quem recorre a ele. Falamos aqui de morosidade, do excesso de demanda e de sua baixa produtividade”, explica.

Debate

Juntamente com Gino, que atua como mediador, estarão o advogado e agente da propriedade industrial Carlos Eduardo Leme de Jesus, da Leme Marcas e Patentes, e Eduardo Amaral, especialista em compliance, da empresa Eticca Compliance.

O encontro será realizado no auditório da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), que apoia a iniciativa por meio de sua universidade corporativa, a Unifaciap. 

Serviço:

Mesa aberta: Mediação e arbitragem como forma de resolução de conflitos empresariais

Quando: Dia 29, das 19h30 às 21h

Inscrições: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Endereço: Auditório da Faciap - Rua Heitor Stockler de França, 356, Centro Cívico

 

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Confraria Store se destaca pelo estilo, exclusividade e alta costura

Confraria Store se destaca pelo estilo, exclusividade e alta costura

Loja está no Shopping Crystal para atender mulheres maduras, decididas e elegantes

O mix de lojas do Shopping Crystal está mais elegante, exclusivo e com muito estilo. Na quarta-feira (23), o empresário Eduardo Nogara inaugurou no espaço a Confraria Store, presente no mercado fashion há mais de 30 anos. O portfólio da marca conta com produtos criados para mulheres maduras, decididas e elegantes que preferem a alta costura.

Atualmente, as mulheres buscam personalidade ao se vestir e apostam em modelos exclusivos. A consultora de imagem Luciane Brambila reforçou que a Confraria Store atende a este universo feminino mais contemporâneo. “Oferecemos looks para a mulher real, de verdade, dona de si. Investimos em tecidos nobres, cortados a laser, que garante alinhamento perfeito e impecável e estampas modernas”.

O empresário Eduardo Nogara destacou que a loja faz lançamentos de modelos toda a semana e oferece também uma linha plus size, que traz estampas e design que valorizam a silhueta. “Nossa marca tem o compromisso com o público feminino que quer qualidade e procura algo especial e único. Atendemos às mulheres modernas, fortes, suaves, intensas e com estilo”. 

Clientes, amigos, jornalistas de moda, blogueiras e empresários prestigiaram a inauguração da loja. Eles foram recepcionados com coquetel organizado pelo chef Ricardo Bittencourt.

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MPPR promove espetáculo teatral aberto à população para falar sobre cidadania

MPPR promove espetáculo teatral aberto à população para falar sobre cidadania

Por iniciativa do Ministério Público do Paraná, o “João Cidadão”, projeto do Conselho Nacional do Ministério Público voltado a incentivar o exercício da cidadania, especialmente entre os jovens, vai inspirar uma peça teatral. O espetáculo “Um jeito simples de entender seus direitos” será apresentado a cerca de 12 mil estudantes de nono ano e do ensino médio de Curitiba e região. A estreia, marcada para o dia 29 de agosto, às 20 horas, no grande auditório do Teatro Guaíra, será aberta à população, com entrada gratuita.

O espetáculo

Bem-humorada e interativa, a peça foi adaptada pela Cia. dos Palhaços a partir da cartilha do “João Cidadão”, que também será distribuída aos espectadores, logo após o espetáculo. As cenas reúnem técnicas de teatro, circo e música e tratam dos direitos e deveres dos cidadãos, de um jeito simples e divertido. No total, serão seis dias em cartaz e 13 apresentações. Além da estreia para a comunidade, haverá sessões nos períodos da manhã e da tarde para estudantes de escolas públicas e particulares da capital.

“Os estudantes são agentes de transformação da realidade. Por isso, é importante a formação de uma juventude cidadã, comprometida e responsável, que possa contribuir para a construção de uma sociedade verdadeiramente melhor e mais justa”, afirma o procurador-geral de Justiça, Ivonei Sfoggia.

O projeto

Lançado pelo CNMP em 2015, o projeto “João Cidadão” traz ao debate temas diversos, como o combate à corrupção, o direito à educação e à saúde, a inclusão social, o estado democrático de direito e a liberdade de expressão, entre outros. Como o foco são adolescentes e jovens, a linguagem adotada é leve e divertida, ainda que crítica – a cartilha do projeto, por exemplo, distribuída em escolas, é toda inspirada em quadrinhos (mangá). “Neste contexto, pensamos que o teatro seria um recurso excelente para atingir nosso público, pois é uma forma de arte que soma a questão do entretenimento à reflexão”, conta o promotor de Justiça Eduardo Augusto Salomão Cambi, coordenador do projeto no MPPR.

Parceiros

O teatro do João Cidadão conta com patrocínio da Itaipu Binacional, da Sanepar, da Copel e do Grupo Positivo. A iniciativa conta, ainda, com o apoio do Centro Cultural Teatro Guaíra, das secretarias estaduais da Cultura e da Educação, da Fundação Escola do Ministério Público, da Gazeta do Povo, da Fundação Pedro Jorge, da Fiep, da Fecomércio e do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná. 

Serviço:

“Um jeito simples de entender seus direitos”

Peça teatral inspirada no projeto “João Cidadão”, com a Companhia dos Palhaços

Terça-feira, 29 de agosto, às 20 horas

Grande auditório do Teatro Guaíra

Rua XV de Novembro, 971, Centro, Curitiba

Entrada livre, não é necessário apresentar ingresso

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