Dia do Orgulho Autista: saiba quais são os principais mitos sobre o Transtorno e o que dizem os especialistas em relação ao tratamento

Dia do Orgulho Autista: saiba quais são os principais mitos sobre o Transtorno e o que dizem os especialistas em relação ao tratamento

Conheça a história de uma mãe com o filho autista e a visão de uma ativista, mulher, preta e autista que vive no dia a dia os desafios do TEA na sociedade

Grande parte dos materiais divulgados sobre o autismo na mídia brasileira vem carregado de conceitos generalistas que não fazem parte da realidade de indivíduos com TEA (Transtorno o Espectro Autista). Inúmeros mitos que são transmitidos pela sociedade e “achismos” em torno do comportamento de pessoas com autismo só reforçam estereótipos e preconceitos que dificultam ainda mais o processo de inclusão.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há 70 milhões de pessoas com autismo em todo o mundo, sendo 2 milhões somente no Brasil. De acordo com o CDC (Centro de Controle de Doenças e Prevenção do governo dos EUA), estima-se que uma em cada 59 crianças apresenta traços de autismo. Como um número expressivo como esse poderia enquadrar tantos autistas dentro de características iguais de comportamentos, sem diferenciação? Quando falamos de autismo, falamos de um transtorno do neurodesenvolvimento que faz parte de um espectro, ou seja, que vão existir inúmeros indivíduos com características diferentes entre si, que necessitam de muito ou pouco suporte. Indivíduos que são seres únicos, e que devem ser tratados como tal, assim como qualquer ser humano

No Dia do Orgulho autista, especialistas da área, ativistas e mães de pessoas com TEA ganham voz para falar sobre o espectro e desmistificar situações que reforçam ainda mais o preconceito. A data, comemorada em 18 de Junho, é marcada para relembrar e celebrar as características únicas e a neurodiversidade de pessoas com o transtorno. O que a causa autista necessita é de empatia e acolhimento, através da disseminação de informações verdadeiras, contribuindo para fazer a diferença na inclusão social das pessoas autistas.

Mitos e verdades sobre o autismo

Quantas pessoas já não ouviram falar que autismo é causado pela falta de afeto, provocado por vacina, algum tipo de alimento, que é uma doença, enfim, informações errôneas, sem embasamento científico, que são disseminadas e contribuem ainda mais com conceitos não verdadeiros em relação ao TEA.

A especialista Julia Sargi, Psicóloga e Analista do Comportamento - Supervisora ABA do Grupo Conduzir, comenta que o Dia do Orgulho Autista vem como uma oportunidade para conscientizar a sociedade sobre o espectro e avançar na luta contra os preconceitos:

“O nosso papel como especialista neste dia é desmistificar e mudar a visão negativa em relação ao transtorno. Dessa forma, é esclarecido que o TEA não é uma doença (e isso já deixa claro que se a pessoa não é doente, não é necessária a busca e não existe possibilidade de cura), mas sim, uma condição de "diferença", em que pessoas que estão dentro do espectro possuem algumas características próprias que lhe trazem desafios. Com isso, o objetivo sempre será de incluir e integrar essas pessoas à sociedade, considerando e respeitando suas diferenças e necessidades. Além disso, essa data é muito importante também para apoiar as famílias das pessoas com TEA, já que estão em constante luta pelo reconhecimento e cumprimento dos direitos que vêm sendo arduamente adquiridos, ampliando o conhecimento acerca do assunto entre as famílias, profissionais e a comunidade.”

E quando falamos sobre autismo, surgem também algumas afirmações comuns e errôneas de que os autistas são muito inteligentes, superdotados, bons com números, aprendem diversas línguas, entre outros mitos.

A especialista Julia Sargi, Psicóloga e Analista do Comportamento - Supervisora ABA do Grupo Conduzir diz que é importante enfatizar que o transtorno do espectro autista evidencia algumas características comuns, mas que cada indivíduo é único e apresenta suas próprias habilidades e dificuldades:

“Alguns indivíduos têm, sim, uma habilidade incrível para algo em específico, e muitas vezes isso pode se dar devido ao hiperfoco, ou seja, o interesse restrito por determinado assunto. Mas uma grande porcentagem das pessoas que se encontram no espectro apresenta déficits cognitivos significativos, que dificultam a aquisição de novos repertórios. Uma outra expressão, considerada mito, e que é muito comum de ouvir, é de que o autista "vive no seu próprio mundo", e que não gosta de estar com outras pessoas. A verdade é que a dificuldade na interação social é uma característica significativa muito comum aos indivíduos com autismo, mas isso não significa que eles não queiram se relacionar com outras pessoas, e sim que apresentam dificuldades em iniciar ou manter a interação, entender algumas regras sociais, entre outras habilidades que são extremamente importantes nas relações. E mais uma vez, precisamos olhar individualmente para cada um e entender qual a dificuldade e qual a motivação para se relacionar com os outros. Lembrando que isso representa uma parte do todo quando tratamos do espectro”

Josiane Mariano tem 36 anos, é mãe do Heitor, de 10 anos - diagnosticado com autismo aos 2 anos. Ela conta que já ouviu diversos absurdos ligados às causas do autismo e opiniões de pessoas em relação ao comportamento do filho:

“Já ouvimos de tudo, desde que era falta de estímulo e que se nós pais conversássemos mais com ele, ele se desenvolveria, inclusive opiniões como essas vindas até de médicos. Até mesmo alguns religiosos dizendo que ele ‘veio assim’ para pagar pelos pecados de outras vidas, assim como todos os deficientes desse mundo. Ou ainda frases de que ele são praticamente gênios, o que não é nem de longe verdade, no nosso caso. Conto até que meu filho aprendeu a ler muito cedo, com apenas três anos de idade, sozinho, sem nenhum estímulo, inclusive em inglês, mas ao mesmo tempo, aos seis anos ainda usava fraldas. A conta não fecha, entende? Cada família, cada filho é de um jeito”

No Transtorno do Espectro Autista todos os indivíduos têm potencial para aprender e desenvolver novos repertórios, e, para isso, basta saber a forma correta de ensiná-los. Ao serem observadas as variações/características dessas pessoas, algumas podem até ser interpretadas como vantagens competitivas e potencialidades. Há alguns indivíduos com TEA que possuem uma condição diferente (e rara) conhecida como ‘savantismo’ ou Síndrome de Savant, que é uma ‘grande capacidade intelectual’, entendida como genialidade, assim como conta a Psicóloga e Analista do Comportamento do Grupo Conduzir:

“Os ‘savants’, apesar de apresentarem uma inteligência acima da média e talentos notáveis em alguns aspectos, como por exemplo: realizar cálculos extremamente complexos ou registrar/memorizar centenas de livros, podem também apresentar dificuldades e limitações em outros, como dificuldades nos repertórios sociais ou de independência. Portanto, diante de tantas diferenças, vale ressaltar que a inteligência acima da média não é uma regra, e que o Dia do Orgulho Autista quer esclarecer justamente que o mais importante, de fato, é considerar as condições e particularidades de cada indivíduo, entendendo seus déficits e potencialidades, não para que o indivíduo com TEA deixe de ter características do transtorno ou para que se torne um gênio, e sim para ajudá-lo a ter uma melhor qualidade de vida, bem-estar e poder ser compreendido e amado da forma como ele é.”

A mãe Josiane Mariano relembra que o dia a dia com o filho é vivenciado de “pequenos orgulhos”, e isso torna a caminhada cheia de superações e vitórias:

“Todos os dias quando avançamos um passinho rumo a uma qualidade de vida melhor, quando ele aceita experimentar algo novo, quando se sente à vontade em locais que antes talvez despertasse uma agitação maior, quando responde a uma interação social de forma adequada, por exemplo, temos um grande sentimento de vitória. Meu filho, assim como qualquer filho para uma mãe, me enche de orgulho. E eu só conheço ele dentro do espectro autista, não existe um Heitor dissociado disso, ele é assim e está tudo bem.”

Capacitismo, ativismo e autismo

O termo “capacitismo” tem sido disseminado e utilizado nos meios de comunicação, assim como nas redes sociais, para falar sobre a discriminação e preconceito social em relação às pessoas com deficiência. Em sociedades capacitistas, a ausência de qualquer deficiência é visto como “o normal”, e pessoas com alguma deficiência são entendidas como exceções; a deficiência é vista como algo a ser superado ou corrigido, se possível por intervenção médica.

Polyana Sá tem 20 anos, é estudante de engenharia de bioprocessos e biotecnologia na UFPR (Universidade Federal do Paraná), ela é autista e foi diagnosticada aos 16 anos. Polyana faz acompanhamento psicológico desde os 12 anos, antes mesmo do diagnóstico. Ela conta que é ativista da causa autista e utiliza as redes sociais para desmistificar informações errôneas sobre o TEA e disseminar informações para a sociedade, o que tem ajudado muitas pessoas que são diagnosticadas a lidarem com o transtorno:

“As pessoas tendem a fazer generalização do que é o autismo, a partir dos estereótipos, dos que são divulgados e propagados, no caso: autista homem, branco, que ou exige uma grande necessidade de apoio substancial ou se enquadra no quesito de altas habilidades. E toda vez que você tem uma pessoa que sai dessa linha e não segue a conformação dessa ‘caixinha’ que nos é criada, então, a sociedade dá uma travada, para e pensa: mas essa pessoa é autista mesmo? Nesse questionamento, em vez das pessoas procurarem se informar mais a respeito do TEA, e saber que existem vários indivíduos autistas, de todas as formas, jeitos e maneiras que você possa imaginar, as pessoas continuam propagando mitos e absurdos que ouviram para as outras pessoas. É justamente assim que o capacitismo se constrói, aumenta e ganha dimensões que são fora do normal. Coisas simples e comportamentos que podem ser desfeitos pela informação. Basta a pessoa querer se informar. Por isso, procuro estudar sobre, me conhecer mais e divulgar para as pessoas.”

Polyana Sá – autista e ativista

Polyana é amparada por lei como uma pessoa com deficiência e sempre busca ir atrás dos seus direitos. Na Universidade onde estuda, possui um aluno tutor. É também palestrante e fala sobre a interseccionalidade de raças:

“Todas as vezes que faço palestra, eu gosto de dizer que as pessoas pretas com deficiência e que buscam ter voz na sociedade são pessoas que não se submetem ao sistema. Porque todos os dias existe uma estrutura social que faz com que pessoas como nós não queiram existir ou sintam vergonha disso. Então, quando você tem uma pessoa que é mulher, preta, com deficiência, empoderada, e que fala sobre o assunto, é uma vitória, é você ir justamente ao contrário do que te ensinam desde que você nasceu. E dizer às pessoas que mulheres, autistas, pretas existem, e que somos várias, mas que muitas vezes não somos notadas. Nós, autistas, temos muitas caras, jeitos, formas e você vai encontrar autistas de muitas maneiras e que continuam sendo assim. Então, muito complicado lidar com a questão do capacitismo, tanto em pessoas que se encontram com grande necessidade de apoio substancial e tanto em pessoas com pouca necessidade de apoio substancial (como é o meu caso), mas todos estamos ali, no mesmo espectro.”

Autismo tem cura?

Muito tem se disseminado sobre a “cura do autismo”, reforçando o mito de que se trata de uma doença. Sem contar que é possível encontrar profissionais vendendo “fórmulas mágicas” e soluções para cessar ou diminuir o transtorno. Mas já se sabe que isso não existe. São falsas informações que devem ser desmentidas e rebatidas por toda a sociedade, meios de comunicação e especialistas da área. O que se tem são intervenções que ajudam a desenvolver e/ou aprimorar repertórios importantes que vão auxiliar os indivíduos no espectro a terem melhores condições para interações sociais e habilidades para atingir o máximo de independência possível e qualidade de vida.

“Não existem estudos que comprovam a cura do diagnóstico por meio de qualquer tratamento, e qualquer afirmação diferente a essa pode gerar confusão e expectativas frustradas aos pacientes e seus responsáveis. Porém, a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma intervenção que maximiza o potencial do indivíduo, através da ampliação de habilidades e redução de possíveis barreiras comportamentais que podem dificultar o aprendizado, tendo em vista que, a partir da avaliação, é possível mapear e respeitar a singularidade de cada um", explica Julia Sargi.

Orgulho Autista

A ativista Polyana Sá comenta que no Dia do Orgulho Autista enxerga muitos desafios pela frente em relação à inclusão e à luta pelos direitos dos autistas, mas entende e acredita que aos poucos a sociedade tem caminhado no sentido pela busca da informação real e empatia em relação à causa autista:

“Este dia é para mim um dos dias mais importantes do ano, dia em que temos para bater no peito e dizer: eu sou autista, e sociedade, vocês precisam entender e conviver com isso, porque eu não vou mudar, eu não preciso mudar, eu não preciso ser diferente. E eu acho muito bonito essa expressão de autoamor, de reconhecer os semelhantes e dar apoio para as outras pessoas que estão em processo de diagnóstico, para os familiares que têm toda a trajetória com os filhos. Uma data muito importante e especial que precisa de visibilidade e muito engajamento. Dentro do movimento, falo por mim, é dia de festa e celebrar que se você é autista, não existe nada de errado com isso.”

A mãe Josiane Mariano finaliza:

“A chave ainda é a informação, é necessário que conheçam melhor sobre algo que é tão complexo como o espetro todo, de que os autistas são diferentes, não são uma ‘receita de bolo’, de que não fazem tratamentos para se ‘curarem’ (isso muitos pais ainda precisam trabalhar internamente) ou serem ‘iguais’ aos outros. Mas fazemos para proporcionar melhor qualidade de vida aos nossos filhos dentro de suas especificidades. E nossos filhos são como são e isso não é ruim: é a mais pura diversidade!”

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Prontuário afetivo auxilia na recuperação de pacientes com atendimento humanizado

Prontuário afetivo auxilia na recuperação de pacientes com atendimento humanizado

Equipes de hospitais se unem para acolher usando iniciativas personalizadas, a partir de características pessoais de cada paciente

Pop, samba, rock de um lado do corredor. Gospel do outro. Todos os gêneros na porta ao lado. É assim que os hospitais têm humanizado os prontuários dos pacientes internados nas UTIs, com informações sobre o gosto musical, atividades de lazer, apelido que prefere ser chamado e até fotos dos amores da vida de cada um. A ideia é ir além do prontuário convencional, que foca em questões técnicas da saúde do paciente, como alergias e medicamentos, horários das refeições e troca dos lençóis.

O prontuário afetivo, como é chamado, já é usado em UTIs e enfermarias no Brasil e o objetivo é acolher os pacientes e familiares por meio de um atendimento mais humanizado. No Hospital Universitário Cajuru, que atende pacientes 100% pelo SUS em Curitiba (PR), o prontuário foi implementado tendo em vista esse momento de pandemia, em que as visitas de familiares são mais restritas.

“Esse modelo é bem simples, mas tem um impacto muito grande para o paciente, principalmente àquele que está sedado ou saindo de uma sedação. Chamar o paciente pelo apelido ou colocar uma música que ele gosta, estimula áreas do cérebro e resgata memórias positivas, além de ser um acolhimento para os próprios familiares que ficam como acompanhantes quando possível”, conta o psicólogo e integrante da pastoral do Hospital Universitário Cajuru, Sidnei Evangelista.

O paciente Felipe da Silva Maia, de 27 anos, sofreu um acidente de moto e ficou sedado por 10 dias. A mãe, Regina Isabel da Silva, conta que o prontuário afetivo e a equipe foram muito importantes nesse momento. “A gente preencheu o prontuário com as músicas que ele mais gostava. Sertanejo e eletrônica. E esse simples gesto me deixou muito mais segura, sabendo que o meu filho estaria em boas mãos. Como eu não podia estar com ele na UTI, a equipe fazia videochamada com um tablet para que eu pudesse ver como estava meu filho. Isso foi extremamente importante para mim e tenho certeza que para meu filho também. Hoje ele já está acordado e se recupera bem”, comenta.

A psicóloga do hospital, Maria Eduarda Pianaro Chemin, conta que o prontuário beneficia tanto os pacientes quantos os familiares e profissionais da saúde. “O prontuário afetivo surge com esse objetivo de poder apresentar para a equipe quem é esse paciente que está aqui conosco e como é a vida dele fora do hospital. Essa é uma estratégia de humanização que no nosso hospital está em uma fase de projeto piloto, mas já temos conseguido resultados bem positivos. Para a equipe, que percebe a influência no tratamento do paciente, podendo conversar e abordar temas que ele gosta; para a família, que se sente mais confortável sabendo o atendimento humanizado que seu ente querido está recebendo; e também para o paciente, que se sente mais acolhido e apresenta uma melhor recuperação”, diz.

O que importa para você?

Outra iniciativa que tem acolhido os pacientes no ambiente hospitalar é o dia do “O que importa para você?”, uma campanha mundial celebrada em junho que busca incentivar o diálogo entre profissionais da saúde e pacientes, criando mais empatia e aprimorando o cuidado centrado na pessoa.

O gaúcho Fábio José de Oliveira passou em torno de 50 dias internado no Hospital Marcelino Champagnat, devido a complicações da Covid-19. Ficou 19 dias intubado e, embora tenha dado entrada lúcido, disse que demorou cinco dias para se situar a respeito da cidade em que estava. Com um filho de 5 anos, que é a sua paixão, ele conta que deixou de trabalhar no início da pandemia para cuidar do garoto e que o melhor momento da internação para ele foi quando liberaram a entrada do menino. “Foram apenas alguns minutinhos. Só que ver é diferente de abraçar e, quando eu receber alta médica, a primeira coisa que eu quero fazer é abraçar meu filho e minha esposa. A família é a coisa mais importante. Filho, esposa, mãe e pai são nosso alicerce, é o que dá esperança de sair o quanto antes”, conta.

Mas nem sempre visitas assim são possíveis, mesmo que o paciente não esteja no hospital internado pelo coronavírus. Por isso, algumas atitudes simples e diárias dão conforto a cada pessoa internada. A nutricionista do Grupo Marista, Patrícia Conter Lara Prehs, é responsável pelo setor de Nutrição e Dietética dos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru. Ela conta que a equipe conversa sempre com os pacientes para conhecer seus gostos alimentares e fazer adaptações, respeitando a dieta alimentar de cada um. “Algumas coisas simples acabamos adequando no dia a dia, quando o paciente quer um arroz com ovo ou que viu um familiar comendo um pudim em uma chamada de vídeo e ficou com vontade. Mas também já chegamos a servir refrigerante para um paciente que havia ficado longo tempo intubado, após a evolução da dieta, assim como batata frita, pizza e hambúrguer. Claro, que com a liberação médica”, exemplifica.

Sobre o Hospital Marcelino Champagnat

O Hospital Marcelino Champagnat faz parte do Grupo Marista e nasceu com o compromisso de atender seus pacientes de forma completa e com princípios médicos de qualidade e segurança. É referência em procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade. Nas especialidades destacam-se: cardiologia, neurocirurgia, ortopedia e cirurgia geral e bariátrica, além de serviços diferenciados de Check-up. Planejado para atender a todos os quesitos internacionais de qualidade assistencial, é o único do Paraná certificado pela Joint Commission International (JCI).

Sobre o Hospital Universitário Cajuru

O Hospital Universitário Cajuru é uma instituição filantrópica com atendimento 100% SUS. Está orientada pelos princípios éticos, cristãos e valores do Grupo Marista. Vinculado às escolas de Medicina e Ciências da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), preza pelo atendimento humanizado, com destaque para procedimentos cirúrgicos, transplante renal, urgência, emergência, traumas e atendimento de retaguarda a Pronto Atendimentos e UPAs de Curitiba e cidades da Região Metropolitana.

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iFood e Suzano unem esforços para reduzir uso do plástico no delivery

iFood e Suzano unem esforços para reduzir uso do plástico no delivery

Entre as ações previstas está um desafio de desenvolvimento de embalagens sustentáveis para o transporte de alimentos, que tem como objetivo fomentar a inovação no segmento

O iFood, foodtech líder da América Latina, e a Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, anunciam parceria para reduzir o uso de itens plásticos nas entregas de alimentos. As empresas desenvolverão diversas soluções de incentivo para o uso de materiais mais amigáveis ao meio ambiente, como embalagens biodegradáveis, tornando o delivery mais sustentável.

Segundo a World Wildlife Fund (WWF), o Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo: mais de 10 milhões de toneladas por ano. Sendo que pouco mais de 1% é reciclado. Para transformar este cenário, no início de 2021, o iFood anunciou o iFood Regenera, programa de metas ambientais da plataforma, que trabalha em duas frentes: (I) zerar a poluição plástica nas operações de delivery até 2025 e (II) neutralizar a emissão de carbono até 2025.

“Ter um negócio que leva prosperidade e também regenera o meio ambiente é a nossa prioridade e também da Suzano. Para isso, precisamos criar uma cadeia de produção e consumo mais sustentável. Estamos unindo forças e somando expertises para promover transformação e trazer disrupção para reduzir o volume de plástico no país”, afirma Gustavo Vitti, vice-presidente de Pessoas e Soluções Sustentáveis do iFood. “Temos uma meta audaciosa de eliminar a poluição plástica das nossas entregas e essa parceria com a Suzano é um dos caminhos para que possamos ampliar o impacto positivo que buscamos”.

A iniciativa também reforça um dos compromissos da Suzano, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina, em oferecer, até 2030, 10 milhões de toneladas de produtos de origem renovável, desenvolvidos a partir da biomassa de eucalipto, para substituir plásticos e outros derivados do petróleo. “Nesta parceria, nós iremos unir o conhecimento do ecossistema de delivery do iFood à inovabilidade da Suzano, que é a inovação a serviço da sustentabilidade, no desenvolvimento de soluções biodegradáveis”, afirma Guilherme Melhado, Diretor Comercial da Unidade de Papel e Embalagem da Suzano. “Com isso, esperamos renovar o mercado de entregas em direção a um futuro melhor e sustentável, a partir de embalagens mais funcionais e amigáveis ao meio ambiente”.

A foodtech já oferece embalagens sustentáveis aos estabelecimentos por meio do iFood Shop, marketplace que garante itens, insumos e produtos voltados aos parceiros. Desde 2019, o iFood Shop conta com a seção de “Embalagens Sustentáveis”, criada para oferecer e incentivar parceiros no uso de embalagens e utensílios de delivery livres de plástico, aderindo à companhia na causa ambiental. Só nos últimos seis meses, a entrada de fornecedores que atuam nessa frente triplicou.

Desafio

Entre os projetos previstos para 2021 está a criação do desafio Embalagens do Futuro, que tem como objetivo desenvolver embalagens sustentáveis para o setor de entrega de refeições. O desafio teve início em 14/06/2021 e os interessados podem se inscrever no site https://embalagemdofuturo.com.br/ até 11/07/2021 (CERTIFICADO DE AUTORIZAÇÃO SECAP/ME N. ° 03.013293/2021).

O iFood e a Suzano apostam que a inovação pode estar em todo e qualquer lugar, por isso, o concurso, que é aberto ao público, será focado em designers, universitários e entusiastas do tema. O objetivo do desafio é encontrar soluções de embalagens de papel com tecnologia e design funcional para garantir aos restaurantes a qualidade das refeições na hora da entrega.

O vencedor será escolhido por meio de uma comissão julgadora especializada no tema e terá o resultado anunciado em agosto. A ideia será premiada e a embalagem desenvolvida poderá ser incluída no portfólio da Suzano, sendo ofertada para todo o mercado por meio do iFood Shop.

A parceria, que tem início com o lançamento do desafio, inclui também a cooperação entre as empresas para encontrar novas soluções para reduzir o uso de plástico no delivery, ampliar e fortalecer a cadeia de embalagens sustentáveis, conectado à indústria aos restaurantes por meio de tecnologia e marketplaces, como o iFood Shop.

Sobre o iFood

O iFood, referência em delivery online de comida na América Latina, tem 60 milhões de pedidos mensais. Há dez anos no mercado, a empresa de origem brasileira está presente também na Colômbia. Atua junto aos parceiros com iniciativas que reúnem inteligência de negócio e soluções de gestão para os cerca de 270 mil restaurantes cadastrados em mais de mil cidades em todo o Brasil. O iFood conta com importantes investidores, como a Movile, líder global em marketplaces móveis, e a Just Eat, uma das maiores empresas de pedidos online do mundo.

Sobre a Suzano

A Suzano é referência global no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras, de origem renovável, e tem como propósito renovar a vida a partir da árvore. Maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo e uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, atende mais de 2 bilhões de pessoas a partir de 11 fábricas em operação no Brasil, além da joint operation Veracel. Com 97 anos de história e uma capacidade instalada de 10,9 milhões de toneladas de celulose de mercado e 1,4 milhão de toneladas de papéis por ano, exporta para mais de 100 países. Tem sua atuação pautada na Inovabilidade – Inovação a serviço da Sustentabilidade – e nos mais elevados níveis de práticas socioambientais e de Governança Corporativa, com ações negociadas nas bolsas do Brasil e dos Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.suzano.com.br

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Aumento de vendas on-line impulsiona oportunidades para empresas de tecnologia

Aumento de vendas on-line impulsiona oportunidades para empresas de tecnologia

Tecnologia que auxilia comerciantes a montarem um catálogo on-line e a automatização do contato via WhatsApp estão entre as soluções disponíveis no mercado

As relações de compra e venda foram modificadas pela pandemia. Uma pesquisa realizada pela Serasa Experian, no início de 2021, mostra que 73,4% dos micros, pequenos e médios empreendedores estão vendendo on-line durante a pandemia. Esse movimento trouxe novas necessidades, mas também oportunidades para empresas de tecnologia com foco em ferramentas que ajudem os negócios a se comunicarem com seus clientes de forma virtual.

São soluções como a Secretária Naty, uma plataforma que centraliza, organiza e facilita o atendimento ao cliente, principalmente via WhatsApp. “O WhatsApp se tornou a ferramenta essencial na vida do brasileiro. Se uma empresa atende por esse canal, ela precisa de organização, principalmente para que conversas não fiquem sem resposta. É necessário trazer performance e análise de dados, e é isso que nossa ferramenta faz”, explica Matheus Rodrigues Torrente, diretor de operações da empresa.

Criada pela empresa Wake Up Cobranças, com sede em Barra do Garças (MT), a Secretária Naty é utilizada principalmente pelos setores comercial e de marketing das empresas. A aplicação da ferramenta é modular e pode ser totalmente automatizada ou híbrida. “Hoje, o maior desafio é mostrar para as empresas que ainda não estão digitalizadas e que fazem muitos processos manuais que elas podem automatizar esses processos e que isso traz muitas facilidades”, acrescenta Matheus.

O aumento do número de atendimentos online também exigiu que empresas, que até então atuavam de forma tradicional, revissem sua atuação. Foi o caso da Makito, empresa fundada em Campo Mourão (PR), e que há 27 anos atua com foco em sistemas para gestão de lojas físicas. Eles desenvolveram o aplicativo Vendizap – uma vitrine virtual que busca descomplicar a venda por aplicativos de mensagens e redes sociais.

Com o Vendizap, o lojista pode cadastrar itens para venda com todas as informações necessárias e compartilhar via link para o cliente, que escolhe os produtos, o meio de pagamento e a forma de entrega. “É uma forma descomplicada para vender, onde não é necessário investimento em um sistema mais completo, como em um e-commerce tradicional. Atendemos especialmente pequenos e médios comerciantes, e a demanda está cada vez maior”, explica Luis Marcos Campos, fundador e CEO da Makito.

A equipe da empresa se utilizou do know-how de 27 anos no atendimento de comércios no formato tradicional, para chegar à solução. De acordo com Luis, é necessário que os empresários fiquem atentos às transformações do mercado. “Hoje, para a sobrevivência das empresas, é essencial que elas revisem suas políticas comerciais e processos, adicionando mais inovação. Sofremos o impacto da pandemia e estamos em um cenário que muda de forma veloz, é preciso que os empresários despertem para a necessidade urgente de buscar se adequar a essa nova realidade”, explica.

Melhorar o relacionamento de seus clientes por meio da Inteligência Artificial aplicada a chatbots é o negócio da chilena Chattigo, uma plataforma SaaS que integra os canais de comunicação de uma empresa em uma única plataforma, incluindo Facebook Messenger, Instagram, WhatsApp, Telegram, e-mail, Twitter, Teams e SMS. A empresa valoriza o emprego de uma linguagem natural, analítica e humanizada.

“A pandemia acelerou a transformação digital que as empresas viviam no final de 2019. Durante o ano de 2020 a Chattigo participou de diversas iniciativas que levaram as empresas a focar na experiência do usuário”, destaca José Antonio Gatica, diretor de negócios empresa. A Chattigo possui mais de 450 empresas em seu portfólio e é utilizada em mais de 20 países, como Chile, Peru, Argentina, México, Colômbia, Espanha e agora o Brasil.

O que a Wake Up Cobranças, a Chattigoe a Makito também têm em comum, além da área de atuação, é que todas fazem parte do Programa de Residência para empresas do Biopark. “Ficamos impressionados com as proporções do Biopark. Nos sentimos honrados em fazer parte desse projeto e vemos como uma possibilidade de trazer mais aceleração e crescimento exponencial para nossa solução”, comenta Luis, da Makito.

Sobre o Biopark

Biopark é um parque tecnológico 100% privado, localizado em Toledo - Oeste do Paraná. Criado pelos empreendedores Carmen e Luiz Donaduzzi - que possuem mais de 40 anos de experiência em empreendedorismo e desenvolvimento de pessoas - tem o objetivo de transformar Toledo e Região em referência nas áreas de pesquisa, inovação e geração de negócios. Estima-se que futuramente o empreendimento tenha uma população de 75 mil pessoas e gere mais de 30 mil postos de trabalho. Atualmente, o local possui quatro universidades, recebe uma nova empresa a cada 72 horas e tem mais de 100 negócios gerando aproximadamente 300 empregos diretos. Além disso, os investimentos no Biopark somam mais de R$ 300 milhões, entre eles, um Centro de Distribuição de Medicamentos da Prati-Donaduzzi, que já está com as obras avançadas, e um Complexo Hospitalar do Grupo Sempre Vida.

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Camicado realiza seu primeiro outlet multicanal com descontos de até 70%

Camicado realiza seu primeiro outlet multicanal com descontos de até 70%

Ação promocional será promovida nos dias 16 e 17 de junho

A Camicado, rede de lojas especializada em casa e decoração, promove seu primeiro Outlet Camicado, simultaneamente em diferentes canais de vendas. A ação promocional será realizada nos dias 16 e 17 de junho no site, no aplicativo e nas lojas físicas da marca, com descontos de até 70% em produtos de todas as categorias da rede.

“O Outlet Camicado é uma data muito esperada pelos nossos consumidores e atende diretamente às necessidades deles. Desta vez, nosso propósito é expandir a experiência e unir o físico ao digital, proporcionando as melhores oportunidades em cada um dos nossos canais, de acordo com cada perfil de compra”, explica Vinícius Rodrigues, gerente sênior de marketing, produto e estilo da Camicado.

Entre os produtos oferecidos, estão itens decorativos, utensílios de cozinha, organização, cama, mesa e banho, entre outros. São milhares de produtos com descontos, para decorar e equipar a casa toda.

O Outlet Camicado estará ativo em todas as lojas físicas da rede, no site (www.camicado.com.br) e no App Camicado.

Sobre a Camicado

Com 119 lojas físicas pelo Brasil e estratégia omnichannel, a rede de lojas especializada em casa e decoração, oferece um mix de produtos como utensílios de cozinha, cama, mesa e banho, organização, eletroportáteis e itens licenciados. Com o objetivo de proporcionar total facilidade ao cliente, a Camicado oferece uma experiência personalizada, que alia excelência no atendimento a um ambiente agradável e diferenciado. A marca é referência no mercado no serviço de listas de presentes para noivas e noivos que procuram soluções completas para todos os ambientes da casa, com qualidade e estilo.

Mais informações: www.camicado.com.br

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