Depressão, fobias e neuroses: temas abordados em curtas e longas fazem um alerta sobre as doenças do século 21  

Depressão, fobias e neuroses: temas abordados em curtas e longas fazem um alerta sobre as doenças do século 21

As doenças de cunho psíquico já assolam a sociedade há muito tempo. Pessoas que sofrem de diferentes neuroses causadas por ansiedades, medos e preocupações, por exemplo, se tornam reféns da doença, que pode passar despercebida para quem está próximo e, em alguns casos, ser tratada até como algo menor, mas que é perigosa e mortal. Com a pandemia, os transtornos tomaram proporções ainda maiores, como a Síndrome do Pânico, que assola cerca de 2% a 4% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e que, entranhada em muitas neuroses, disparou em casos durante o período.

A cultura, severamente afetada com a pandemia, cumpre o seu papel social ao abordar esses temas complexos e delicados nas telas, fazendo um alerta para o uso de medicamentos de forma indevida e também sobre as relações tóxicas. A Síndrome do Pânico é a espinha dorsal do longa ‘Silencio’, que ganhou o primeiro trailer e será lançado em dezembro. Já a fobia social, é abordada no curta ‘Pináculo’, lançado em maio no Youtube.

A Síndrome do Pânico está associada à ansiedade, que funciona como um mecanismo de luta ou fuga. Esse mecanismo se interliga às sensações de medo e de preocupação, cruciais à nossa sobrevivência. Quando os níveis de ansiedade estão altos em nosso organismo, ficamos mais suscetíveis a transtornos, como os ataques de pânico.

O ataque de pânico nada mais é do que uma potente descarga de ansiedade no corpo, caracterizada por sintomas como taquicardia, falta de ar, sudorese, anestesia e formigamento, seguidos pelos medos de perder o controle e de morrer. A Síndrome do Pânico é caracterizada por crises recorrentes. É possível ter um ataque de pânico e não desenvolver a síndrome.

Em ‘Silencio’, a personagem Sara, vivida por Yasmin Martins Mendes, tem um roteiro que está sendo finalizado, mas é insegura com ele e constantemente faz alterações na busca de aprovação alheia. “Ela tenta ignorar as sensações considerando o trabalho mais importante do que sua saúde mental. A personagem sofreu traumas na infância e vive um relacionamento abusivo com Pedro (Lucas Tier). Isso tudo contribui para seu frágil estado emocional”, comenta a atriz.

Yasmin ressalta que, para criar toda essa tensão que Sara sofre, passou quase um ano em estudos intensos para entender as crises, chamadas de “ataques de pânico”. “Para o desenvolvimento da Sara, foram cerca de oito meses de estudos intensos. Ela tem uma condição psicológica que faz muitas pessoas sofrerem em silêncio, conversei com psicólogos, com pessoas que têm Síndrome do Pânico, estudei o lado espiritual da síndrome e fiz uma busca para ter o máximo de informações sobre essa condição sorrateira”, conta a atriz.

- Neste momento de pandemia pudemos perceber que as pessoas, de forma geral, apresentaram todo o tipo de neurose com piora importante do quadro geral. Se um familiar ou mesmo um amigo teve o psicológico afetado durante a pandemia, é importante ficar de olho, pois o quadro pode sempre apresentar recaídas e desestabilizar toda a família – ressalta a psicóloga Cristina Navalon.

No curta ‘Pináculo’, o ator Andriu Freitas interpreta Mauro, um rapaz que se encontra deprimido devido a diversos fatos em sua vida e quer sair dessa condição, mas se afunda cada vez mais em uma autossabotagem, apelando para o uso de ansiolíticos, álcool, além da alimentação ruim baseada em fast-foods.

Apesar de morar sozinho, o personagem tem tudo pago pela mãe por causa da sua situação financeira. Além de sentir o fracasso na vida profissional por ter perdido o emprego, ele também sente uma tristeza pessoal ao terminar um namoro.

- Mauro tem 31 anos, mas depende da ajuda da mãe na parte financeira. Além disso, terminou um namoro. Tudo isso causa nele um grande desânimo. Com o sentimento de solidão, ele começa a tomar ansiolíticos com álcool para tentar “anestesiar” essa dor, além de manter péssimos hábitos alimentares, como a compulsão por fast-foods. Ele chega ao seu limite, explode e, prestes a se dopar mais e colocar sua vida em risco, é surpreendido por uma menina em seu apartamento e começa um papo que vai se desdobrando em várias viradas nessa história – revela Andriu.

Com o isolamento, a simples ansiedade pode se tornar generalizada, levando, inclusive, a um agravamento do quadro depressivo, segundo Navalon. “Em pacientes com esquizofrenia estabilizada, pode ocorrer a evolução para um surto psicótico, quando houver disponibilidade genética. E para quem tem diagnóstico de bipolaridade (tanto no ciclo de depressão quanto no de euforia), agravar também para um quadro psicótico”, completa.

Sobre ‘Silencio’, Yasmin fala ainda em como o período de isolamento impactou nas gravações. “A pandemia nos trouxe para dentro, não só de nossas casas, mas dentro de nós mesmos. E esse encontro nos mostrou nossa realidade familiar e mental, trazendo à tona o que muitos sofrem dessa condição psicológica. Nos dias em que gravamos as cenas das crises, nem comer eu comia, pois era tão intenso que vomitava. Todas as cenas eram exaustivas, havia uma falta de ar e trava muscular que não dá para explicar. Talvez somente aqueles que infelizmente vivem isso consigam entender. Essa foi a forma que encontramos para falar sobre o assunto, que é muito delicado, sério e merece toda a atenção. O fator mais apaixonante no resultado do ‘Silencio’ foi a exposição: sinto-me completamente nua”, finaliza a atriz.

- Mesmo com a quarentena, vários profissionais se dispuseram a atender de forma remota e isso foi de extrema importância para quem sofre em casa sozinho. É importante ter por perto também pessoas amigas e familiares – sempre quando for preciso – que acolham as dores emocionais sem julgamentos – diz a psicóloga Cristina Navalon.

A previsão inicial de estreia de ‘Silencio’ é para o final do ano. Em breve, o longa também começará a ser exibido em festivais.

O trailer oficial de ‘Silencio’, que será lançado em dezembro nos cinemas, pode ser visto em https://www.youtube.com/watch?v=ED3a975VOQo. Outras informações pelo https://www.instagram.com/silenciomovie/

Já o curta ‘Pináculo’, estrelado por Andriu Freitas, está disponível, na íntegra, no Youtube em https://www.youtube.com/watch?v=twAf-rLBsgw

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Sede da Keune Haircosmetics no Brasil é certificada com o Selo “Local Confiável”

Sede da Keune Haircosmetics no Brasil é certificada com o Selo “Local Confiável”

Além de assegurar boas práticas de higienização e segurança para seu escritório corporativo, a empresa também vai apoiar a implementação desta certificação a todos os seus parceiros espalhados pelo país

Mais do que nunca, confiança e segurança são fatores fundamentais para a atuação de qualquer empresa no atual cenário mundial. Quando em um mesmo espaço há centenas de pessoas envolvidas, então, esses fatores tornam-se primordiais. Pensando nisso, a sede da Keune Haircosmetics no Brasil, localizada em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba, acaba de receber o Selo “Local Confiável”, que atesta a confiabilidade dos ambientes quanto às medidas de segurança e higiene.

A partir de agora, a empresa passa a contar com QR Codes espalhados pelos mais de 3 mil m² da sede administrativa. Por meio desses códigos, qualquer pessoa, seja cliente, colaborador ou fornecedor, pode reportar problemas ou situações que não estejam de acordo com os protocolos de combate à pandemia.

Em um cenário normal, sem COVID-19, circulam pela sede da empresa centenas de pessoas por mês. “Há mais de um ano adotamos todos os cuidados recomendados pelas autoridades de saúde para a prevenção do coronavírus. Mas com essa certificação, passamos a contar com uma ajuda extra para garantir o nosso compromisso e o cumprimento dos nossos protocolos de segurança”, afirma Gerson Raskin, presidente da Keune no Brasil.

E não é só isso: a marca também vai apoiar a implementação do Selo “Local Confiável” aos seus parceiros comerciais, entre proprietários de salões de beleza, Distribuidoras e Academias Keune em todo o país. “Nosso objetivo é oferecer segurança a todos os envolvidos no processo, tanto colaboradores quanto clientes e parceiros que, assim como nós, passam por um momento tão desafiador. Afinal, segurança é o principal item a ser avaliado pelas pessoas para voltarem a frequentar quaisquer estabelecimentos”, completa Raskin.

Como funciona a certificação

A Local Confiável é uma startup que faz o monitoramento local e em tempo real das normas sanitárias dos estabelecimentos, com objetivo de garantir a saúde, posicionamento de marca e uma fiscalização imparcial, que resulte em um aumento do fluxo responsável de pessoas.

Para acessar o formulário da “Local Confiável”, basta apontar a câmera do smartphone para o QR Code e seguir os passos. Qualquer um que está no estabelecimento pode reportar quaisquer problemas, sem necessidade de baixar um aplicativo para isso. No QR Code, é possível também acessar os critérios atendidos de limpeza e higienização, colaboradores, cuidados com o cliente e documentação da empresa.

A auditoria verificou as normas sanitárias, decretos e protocolos aplicáveis ao negócio para implementar a certificação. Após a adequação, foram instalados os QR Codes e, periodicamente, a “Local Confiável” envia relatórios e soluções para adaptar quaisquer apontamentos e manter a certificação ativa. “Implementamos inúmeros QR Codes em pontos estratégicos da sede administrativa da Keune, com o objetivo de estar disponível a todo momento, e fazer assim o controle das normas sanitárias e medidas de combate ao coronavírus", afirma a CEO da Local Confiável, Brunna Veiga.

Sobre a Keune Haircosmetics

Nascida na Holanda, a Keune conta com mais de 90 anos de tradição internacional (e desde 1995 no Brasil), sempre desenvolvendo o que há de mais avançado em cosméticos para cabelos. Com anos de história e qualidade inigualável, a marca conquistou a confiança de milhões de consumidores e profissionais cabeleireiros. A Keune é uma das poucas marcas do mercado que fortalece o relacionamento dos clientes com os Salões de Beleza e opera com uma visão de parceria e qualidade, orientada a resultados. Em uma missão em revelar o melhor de cada pessoa, a Keune, diariamente, assegura que a autenticidade é a base de tudo que faz.

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Casa Bauducco apresenta novas bebidas de inverno

Casa Bauducco apresenta novas bebidas de inverno

Bebidas quentes com ingredientes à base de doce de leite, canela e chocolate crocante são as novidades do cardápio de inverno da cafeteria do Catuaí Shopping

Os dias mais frios chegam e com eles a vontade de sempre ter por perto uma boa bebida quente que proporciona aquela sensação de conforto. Se tiver doce de leite, canela e chocolate então, melhor ainda. São justamente esses ingredientes irresistíveis que compõem as novas bebidas da Casa Bauducco.

Os deliciosos Canella Dulce Latte e Chocrocante chegam para incrementar o portfólio de bebidas de inverno da cafeteria que já caiu no gosto do brasileiro e especialmente dos londrinenses que podem apreciar todas as delícias da marca no Catuaí Shopping.

Canella Dulce Latte é uma versão especial do latte feito com canela e um exagero de doce de leite que cobre toda a borda da caneca. A xícara é de 100 ml e sai por R$ 13,90. Para formar um combo delicioso, vale apostar na fatia de Pandoro, feita da mesma massa do Panettone, sem as frutas cristalizadas, mas com açúcar e canela polvilhados por cima.

Já o Chocrocante tem muito chocolate por dentro e por fora e traz a borda do copo também coberta com muita crocância. A bebida vem no copo de 150 ml e custa R$ 17,90. Vai bem com a fatia de Panettone Salgado ou Panettone Três Queijos, que também é novidade da casa.

Receitas exclusivas

Além da cafeteria, a Casa Bauducco tem um empório onde é possível encontrar diversas opções como cookies, muffins, palmiers, mini crostatas e biscoitos de diversos sabores para levar para casa.

Vale ressaltar que os produtos da Casa Bauducco são diferentes da linha encontrada em supermercados. Na cafeteria os produtos são artesanais, com ingredientes selecionados. As massas são feitas com fermentação natural e com as receitas originais da Família Bauducco que trouxe segredos e delícias para o Brasil desde a vinda do Carlo Bauducco da Itália para nossa terrinha.

Shopping Catuaí Londrina

Rod. Celso Garcia Cid, 5600 - Gleba Fazenda Palhano

Londrina (PR). (43) 3315-5000

https://www.catuailondrina.com.br/

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Shopping disponibiliza loja vazia para receber doações da Campanha do Agasalho

Shopping disponibiliza loja vazia para receber doações da Campanha do Agasalho

Itens arrecadados serão destinados para entidades Sociais, igrejas e associações de bairro de Maringá

A Campanha do Agasalho promovida pelo Provopar e Instituto ACIM já está recebendo doações. Um dos pontos de coleta está localizado no Catuaí Shopping Maringá, que reservou um espaço diferenciado para receber as roupas e cobertores doados.

Trata-se de uma loja vazia, com araras, cabides, prateleiras e manequins sem nenhuma peça. A ideia, de acordo com a gerente de marketing do shopping, Vânia Almeida, é preencher o espaço vazio com os itens doados pelos clientes, como roupas, sapatos, cobertores e materiais de higiene pessoal. “As pessoas podem ficar à vontade para adentrar no espaço e depositar as doações, podendo vestir os manequins ou colocar as roupas nas araras”, comenta.

Todos os produtos arrecadados pela Campanha do Agasalho serão encaminhados para igrejas, entidades carentes e associações de bairro de Maringá.

Nos últimos projetos solidários promovidos pelo Provopar e Instituto ACIM, foram destinadas aproximadamente sete toneladas de roupas para famílias em situação de vulnerabilidade social de Maringá e região.

“Com os efeitos da pandemia e a proximidade do inverno, sentimos a necessidade de apurar nosso olhar para o próximo e ajudar na necessidade específica de arrecadar os agasalhos e cobertores", diz a presidente do Instituto ACIM, Nádia Felippe.

Catuaí Shopping Maringá

Av. Colombo, 9161.

Tel. (44) 3123-5000

www.catuaimaringa.com.br

www.facebook.com/catuaimaringa

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Sobras de autoritarismo

Sobras de autoritarismo

Eduardo Faria Silva*

Imagine você escrevendo uma crítica em desfavor do presidente da república nas redes sociais sobre a decisão dele de não utilizar máscara de proteção durante a pandemia. Pense que a sua mensagem de desaprovação repercuta no ambiente digital e receba milhares de interações. Você acredita que está exercendo seu direito fundamental no campo das liberdades ou sua mensagem é uma prática criminosa de manifestação de pensamento?

A encruzilhada contida na pergunta aponta para dois caminhos diametralmente opostos. Você pode, por um lado, trilhar nas sobras de um regime autoritário regulado – em sua última versão normativa – pela Lei de Segurança Nacional, de 14 de dezembro de 1983. Por outro, você pode navegar entre as margens de um regime democrático definido na Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988.

Como assim? A doutrina de segurança nacional está relacionada ao agir das ditaduras militares no país. Elas se orientavam na permanente construção do “inimigo interno” como mecanismo de perseguição daqueles que eram considerados seus opositores. Toda e qualquer forma de expressão compreendida como subversiva pelos órgãos de controle poderia ser combatida com base na legislação da segurança nacional. Por conter tipos penais vagos, muitos políticos, jornalistas, escritores e artistas, por exemplo, foram considerados opositores do regime e responderam processos por suas manifestações realizadas à época.

A transição do nosso regime autoritário para o democrático, em 1988, provocou um lento sono na utilização – com espasmos de evocação – da Lei de Segurança Nacional. O tema retorna ao cenário nacional com o abrupto despertar realizado pelo atual governo federal. Entre 2019 e 2020, foram abertos mais de 77 inquéritos com base na normativa da ditadura, sendo o caso do youtuber Felipe Neto um dos mais emblemáticos. Além disso, o governo obrigou servidores do Ministério da Saúde a assinarem termo de sigilo sobre as informações relativas à Covid-19, sob pena da conduta ser tipificada na Lei de Segurança Nacional.

E daí? Eu não gosto deles mesmo e a lei deve ser cumprida! Com uma afirmação baseada em pensamento que valida a utilização da norma de 1983, o dep. Daniel Silveira, defensor do AI-5 e do grupo de apoio do executivo federal, foi preso em fevereiro de 2021 por ataque à honra do Poder Judiciário e aos membros do Supremo Tribunal Federal.

Aqui você pode observar, em casos absolutamente diferentes como os de Felipe Neto e Daniel Silveira, como o tipo penal aberto permite a sua utilização de forma ampla e que o conceito de inimigo interno pode estar sempre em permanente construção. Essa possibilidade normativa não foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988.

O primado das liberdades democráticas é o que foi acolhido e promulgado pelos constituintes, em total consonância com as principais democracias mundiais. Liberdade de expressão, pensamento, manifestação e a imprensa é que devem guiar as decisões dos Poderes da União. O campo das liberdades, em um regime democrático, é aquele que permite que a oposição possa se manifestar contra a condução das instituições. A crítica dentro dos marcos constitucionais é inerente ao regime democrático, pois a movimentação política é formada por permanentes consensos e dissensos.

Navegar entre as margens da democracia é mais difícil para quem se constituiu nas sombras do autoritarismo, pois o diálogo permanente, a capacidade de negociação e de ouvir críticas é constante. A encruzilhada apresentada indica dois caminhos opostos. Qual você vai escolher? Tecnicamente compreendo que a Lei de Segurança Nacional não foi recepcionada na íntegra pela Constituição Federal, devendo, dessa forma, ser julgada inconstitucional. Ao lado da decisão da Suprema Corte, o Congresso Nacional deveria promulgar uma Lei de Proteção ao Estado Democrático de Direito. O movimento de ambas instituições mostraria uma independência e harmonia saudável para um país livre e democrático em todas as suas dimensões.

*Eduardo Faria Silva, coordenador da Escola de Direito e Ciências Sociais e professor do Mestrado em Direito da Universidade Positivo

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