Educação em 2021: podemos evoluir mais devagar; mas regredir, nunca!  

Educação em 2021: podemos evoluir mais devagar; mas regredir, nunca!

Acedriana Vogel*

Considerada um bem maior da humanidade, essencial ao progresso de qualquer nação, a Educação é indispensável para o desenvolvimento sadio de crianças e adolescentes. Por esse motivo, a Escola foi elevada ao patamar de serviço essencial durante a pandemia. No Dia Mundial da Educação - 28 de abril - cabe um oportuno movimento: subir à superfície, abastecer os pulmões de oxigênio e refletir: o que é ser essencial? Termo oriundo do latim, significa ‘aquilo que constitui a natureza das coisas’. Se entendemos que a Educação humaniza o homem, não há nada mais inerente à natureza humana do que o próprio processo educativo.

Antes da pandemia, no Brasil, já tínhamos 1,3 milhão de crianças e adolescentes fora da escola, em todo o país. Com a pandemia, calcula-se que aproximadamente 4 milhões de meninos e meninas tenham se desvinculado do cenário escolar. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2020. Em todo o mundo, a Unesco estima que, desde o início da pandemia, pelo menos 1,5 bilhão de estudantes tenham sido afetados pelo fechamento das escolas. No Brasil, a pandemia também desacelerou a implementação de políticas públicas centrais para a melhoria da Educação Básica que estavam em curso. O Representante da Unicef no Brasil já alertou que todo esse contexto nos fez regredir duas décadas em relação ao número de crianças e adolescentes desvinculados da escola, uma realidade que todo governante deve trabalhar sem descanso para combater.

Nesse contexto, é fundamental deixar de atribuir ao ano de 2021 a responsabilidade de corrigir os erros do ano passado ou colocá-lo em ‘ponto morto’, aguardando a conclusão da vacinação para o retorno ao novo normal. Tantos são os prejuízos evidenciados com o fechamento das escolas que dispensam a contundência dos resultados das pesquisas. Vamos assumir que o que temos, de fato, é o presente (um presente em tempos pandêmicos!) para operar o trabalho pedagógico, engajar professores e alunos e impedir que as nossas crianças e jovens desistam de algo que constitui e lapida a sua natureza - a Educação – assegurada pelo direito de aprender, previsto em nossa legislação.

As escolas aprenderam muito nesses últimos 12 meses e já têm boas hipóteses de calibragem entre o trabalho presencial e o remoto, em um movimento integrado, sinérgico e exponencial, de tal forma que esse híbrido seja muito maior que a soma dessas partes. Pensar em formação humana fora do espaço coletivo e diverso da escola é desconsiderar o fato de que somos seres de experiência e linguagem, sociais por consequência. Precisamos de pares, de propostas de interação e de mediadores profissionais para que possamos avançar de forma saudável. Aceitar que a família pode assumir sozinha o papel da escola é uma visão ingênua e danosa para uma sociedade que precisa atuar globalmente, acolher diferentes culturas e aprender a operar em comunidade. Disso depende a existência humana!

*Acedriana Vogel é diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino

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Não parem as máquinas!  

Não parem as máquinas!

Rodolfo Tornesi Lourenço*

Aprendemos várias coisas durante a pandemia. Lavar as mãos com frequência, usar máscara e álcool em gel, manter o distanciamento social e… que a indústria alimentícia não pode parar. Em casa ou na rua, o brasileiro precisa se alimentar. E bem!

Por isso, as marcas de alimentos saudáveis não só cresceram durante o ano de 2020 e nesse começo de 2021. Elas se transformaram. Para atender ao cliente, mesmo com todas as restrições. Para manter a comida na mesa do brasileiro em meio às dificuldades - financeiras e logísticas. Para sobreviver. E essa revolução só foi possível graças ao empenho e à dedicação de milhares de pessoas. Não apenas da marca que represento ou dos nossos fornecedores, mas de toda uma cadeia produtiva que não parou nem um segundo.

Se parou foi para respirar ou para pegar impulso. Porque se teve algo que ficou evidente nesse período tão turbulento é que as máquinas foram feitas para produzir. E se tem uma coisa que o Brasil faz bem é isso. A inovação corre em nossas veias. Afinal, quando tudo parece estar indo bem, surge algum imprevisto e precisamos nos reinventar.

Foi o que toda indústria alimentícia fez. Não apenas no parque fabril, mas no backstage também. O home office, tão comum em outros setores, chegou pra valer na nossa área. Já era um movimento natural, que iniciamos há alguns anos, mas a pandemia acelerou esse processo de forma vertiginosa. E necessária.

Para implementar essa nova forma de trabalhar, num curto espaço de tempo, foi importante ter em mente dois pilares fundamentais. O primeiro é a cultura organizacional e o segundo a tecnologia. No campo organizacional, a grande preparação passou pelos gestores, que precisaram aprender a liderar seus times à distância, concentrando sua atenção nos resultados - num processo que chamamos de Open Mind. Além disso, foi necessário que as empresas criassem canais de comunicação aberta com seus colaboradores, nos quais eles pudessem de forma virtual viver a realidade da organização, ter acesso ao que acontece e se sentir parte do todo.

Que, de casa, soubessem o que acontecia no chão de fábrica, na logística de distribuição, no ponto de venda e na estratégia dos representantes comerciais. Ou seja, que mesmo longe, estivessem conectados ao propósito corporativo da marca. Para isso, as indústrias precisaram investir muito e deixar num segundo plano o lado máquina para se mostrarem humanas - com programas voltados à saúde física e mental dos colaboradores, assim como a concessão de um apoio financeiro extra para melhorias infraestrutura de comunicação e também de gestão de dados.

Em suma, apesar das dificuldades e dos inúmeros desafios que surgiram nesse tempo, seguimos trabalhando e ajudando a alimentar o povo brasileiro. Sem esmorecer. Sem desistir. Sem parar as máquinas. Até porque parar não estava entre as escolhas possíveis. Afinal, como bem disse Platão bem antes dessa e de outras pandemias: "A necessidade é a mãe da inovação".

* Rodolfo Tornesi Lourenço, diretor de inovação e transformação da Jasmine Alimentos

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Fotografia e design serão celebrados em maio na Bienal On-Line  

Fotografia e design serão celebrados em maio na Bienal On-Line

Versão digital do evento de arte contemporânea contará com a fotógrafa Isabella Lanave e os fundadores da Furf Design Studio, Mauricio Noronha e Rodrigo Brenner

CURITIBA, 27/04/2021 – Duas lives destacam a fotografia e o design na programação de maio da Bienal On-Line. A versão digital da 14ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba convida a fotógrafa e artista visual Isabella Lavane, no dia 19 de maio, e os fundadores da Furf Design Studio, Mauricio Noronha e Rodrigo Brenner, no dia 26 de maio. As conversas vão ao ar às 19h no Instagram do evento: @bienaldecuritiba. O perfil terá ainda exposições virtuais coletivas com chamada aberta, tudo gratuito.

Nascida em Curitiba, Isabella Lanave é formada em Comunicação Social e especializada em Saúde Mental. Em seu trabalho, investiga questões relacionadas à saúde mental e suas interseccionalidades, a partir da sua vivência como filha de uma mulher neurodiversa. Em 2017, a revista Time a citou como uma das 34 fotojornalistas a serem seguidas no mundo. No ano seguinte, foi selecionada para o 6th New York Portfolio Review, nos Estados Unidos. Em 2020, atuou como Diretora de Fotografia da série “Filmes-cartas para o futuro” da National Geographic Society pelo COVID Emergency Grant.

Maurício Noronha e Rodrigo Brenner entraram na lista Forbes Under 30, que seleciona empreendedores e criadores com menos de 30 anos, em 2019. A dupla fundou do Furf Design Studio em 2011, e desde então já desenvolveu projetos em mais de 15 países, ganhando renome mundial por seus produtos com toques de inteligência e humor regados de responsabilidade social e sustentabilidade. Os dois curitibanos já conquistaram os mais importantes prêmios de design, como o Leão de Cannes, iF Design Award e Red Dot. Brenner e Noronha também são criadores e coordenadores das especializações em Design e de Inovação do Centro Europeu, palestraram no TEDx, e foram nomeados instrutores da UNIDO, departamento de desenvolvimento industrial da ONU.

Chamada Aberta

Em maio, acontecem duas chamadas abertas para participar da Bienal On-Line. Trabalhos de Fotografia serão selecionados no dia 10. Os artistas devem publicar um story em seu Instagram, das 0h01 até 11h30 nesta data, marcando a @bienaldecuritiba e ter seu perfil aberto, permitindo o compartilhamento do story. Os trabalhos selecionados serão repostados na parte da tarde, criando uma exposição coletiva e virtual. Os temas sugeridos são “tecnologia” e “responsabilidade socioambiental”.

Trabalhos de Design serão selecionados no dia 24 de maio. Os autores fazem story em seu perfil próprio das 0h01 até 11h30, marcando a @bienaldecuritiba e deixando o perfil aberto. Trabalhos selecionados, com destaque pera os temas “tecnologia” e “responsabilidade socioambiental”, serão compartilhados à tarde no perfil do evento, criando a exposição coletiva.

A live de Fotografia da Bienal On-Line acontece no dia 19 de maio, às 19h, com a fotógrafa e artista visual Isabella Lanave. E o evento de Design vai ao ar no dia 26, às 19h, com os fundadores da Furf Design Studio, Maurício Noronha e Rodrigo Brenner. As lives acontecem no Instagram do evento: @bienaldecuritiba. Mais informações: www.bienaldecuritiba.com.br. A Bienal On-Line tem patrocínio de EMS, Eletrobrás Furnas, Copel, Kinea e Neodent, com apoio de Grupo SC, Copel, Havan e Bergerson, e incentivo do Governo do Estado do Paraná – Secretaria da Comunicação Social e da Cultura e do PROFICE – Paraná Incentivo à Cultura. A realização é da Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba, Fundação Cultural de Curitiba, Prefeitura Municipal de Curitiba, Governo do Estado do Paraná – Secretaria da Comunicação Social e da Cultura, Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania e Governo Federal – Brasil.

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Verdê doa lucro de venda de ecopads para duas instituições  

Verdê doa lucro de venda de ecopads para duas instituições

Vendas nas duas plataformas da startup viram doações para associação de resgate de animais ou para instituto de ensino para crianças em vulnerabilidade social

A responsabilidade social e o cuidado com o meio ambiente podem ser exercidos ao mesmo tempo e com uma simples compra. A startup Verdê acaba de lançar uma ação de venda de ecopad, versão sustentável dos discos de algodão descartáveis para limpeza de pele, e vai reverter o lucro total para duas instituições diferentes. Serão beneficiados o Incanto (Instituto de Cultura, Arte e Novas Tecnologias), dedicado a crianças e jovens em situação vulnerável, e o Projeto Ajudei, que resgata cães e gatos das ruas de Curitiba (PR).

As ecopads podem ser adquiridas nos dois sites da startup, vendidos em kits de três unidades a R$ 15. Pela Verdê Cosméticos (www.verdecosmeticos.com.br), o lucro é encaminhado para o Ajudei. Já comprando pela Verdê Kids (www.verdekids.com.br), a doação é feita para o Incanto. “A ideia surgiu para que pudéssemos incentivar as pessoas a trocarem os discos de algodão descartáveis por um produto que pode ser lavado e reutilizado e que, além de não gerar lixo, ainda pode ajudar outras pessoas e animais”, explica Mariana Alves, uma das sócias-fundadoras da Verdê.

Feitas de algodão cru, as ecopads não passam por nenhum processo químico de tingimento, reduzindo o uso de água e energia em sua elaboração. Elas são feitas pela própria Verdê, notando a procura de pessoas que buscam soluções sustentáveis e que reduzam o lixo. O resultado é um produto cruelty free (que não testa nem maltrata nenhum animal) e vegano. As ecopads são ideais para limpeza de pele e remoção de maquiagem, são laváveis e reutilizáveis.

O produto representa bem a proposta da Verdê em ambos os sites. Mais do que uma marca, a startup se propõe a ser um movimento que reúne nas plataformas de e-commerce produtos que estimulem o consumo consciente. Na Verdê Cosméticos, há a curadoria de produtos de beleza que sejam veganos, sem toxidades e crueldade. Na Verdê Kids, o foco são os pequenos: há desde brinquedos até fraldas ecológicas. São mais de 30 marcas voltadas ao público vegano disponíveis nos dois sites.

Projetos apoiados

O Incanto – Instituto de Cultura, Arte e Novas Tecnologias atente crianças e jovens em vulnerabilidade social. A ONG oferece aulas de dança, teatro, música, artes visuais, circo, cultura e tecnologia. Foi lançado em 2017 como extensão de ações do Grupo de Dança Senses, que realizava voluntariado desde 2008. O Incanto ministrava aulas em contraturno em outras ONGs, e agora também tem atividades em seu Centro Cultural Incanto.

A Associação Projeto Ajudei já realizou mais de 700 resgates de animais desde sua fundação, em 2014. Resgata cães e gatos em situações de risco e abandono, e os prepara para adoção, contando com o apoio de lares temporários de voluntários até serem adotados.

As ecopads podem ser compradas nos dois sites: Verdê Cosméticos (www.verdecosmeticos.com.br), com doação para o Projeto Ajudei, e Verdê Kids (www.verdekids.com.br), com doação para o Instituto Incanto.

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Fazendinha recebe nova unidade do Hospital IPO  

Fazendinha recebe nova unidade do Hospital IPO

A nova operação fica dentro de um centro comercial e possui as especialidades de otorrinolaringologia e oftalmologia

O Hospital IPO inaugura uma nova unidade de atendimento no Fazendinha, região Sudoeste de Curitiba. A operação irá oferecer as especialidades de otorrinolaringologia e oftalmologia para os pacientes da região. O novo espaço também possui exame de audiometria.

Com quatro consultórios, a nova unidade visa ser uma referência médica na região. Localizada em um centro comercial, o acesso ao hospital é fácil e com estacionamento gratuito. “Queremos transformar esta unidade em uma policlínica, que una diversas especialidades médicas”, afirma um dos três médicos que coordena a unidade, o Dr. Igor Terruel.

O coordenador Dr. Cássio Iwamoto também comenta sobre o perfil da região em que a nova unidade está localizada e como isso pode ser benéfico. “Esta é uma região muito populosa e não há todos os serviços médicos que as pessoas precisam. Para que elas não precisem, muitas vezes, se deslocar para pontos distantes da cidade atrás de atendimento, nós vamos reunir tudo aqui, nesta unidade”, conclui.

Ao todo, coordenam a unidade Fazendinha os médicos Cassio Iwamoto, Guilherme Rocha Netto e Igor Terruel.

Descentralização

O Hospital IPO vem inaugurando novas unidades com o objetivo de descentralizar o seu atendimento. Ou seja, levar a toda a população curitibana os serviços médicos especializados.

Hospital IPO deve inaugurar 15 unidades do hospital em 2021, afirma Dr. João Luiz Garcia de Faria, diretor do Hospital IPO e da BF Medical Facilities, empresa detentora do Eco Medical Center – complexo hospitalar inovador que está em construção em Curitiba.

“A população de Curitiba cresceu. Por isso, é preciso descentralizar e levar atendimento a essas pessoas nos seus locais de convivência para que elas não precisem atravessar a cidade em busca de um atendimento”, relata Garcia de Faria.

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