Museu do Amanhã e Conservação Internacional promovem debates sobre sustentabilidade entre jovens líderes
Seminário ''Sementes para o Futuro'' busca reconhecer e compartilhar diferentes visões sobre o valor da natureza e apontar soluções do presente para um futuro mais sustentável
Vivemos um momento histórico no qual o futuro do planeta e o das próximas gerações está sendo decidido e a mudança que precisamos só pode ser coletiva. Como transformar perspectivas de valor em um mundo diverso, multicultural, com diferentes cosmovisões? Como encarar o mundo de forma mais sustentável, garantindo um meio ambiente saudável no futuro? Como achar um caminho que respeite o valor do outro sem deteriorar o meu? Como integrar visões para o bem comum?
Neste mês, em que celebramos o Dia da Terra, a Conservação Internacional e o Museu do Amanhã promovem o seminário online Sementes para o Futuro, propondo diálogos sobre o futuro que queremos construir e quais caminhos podemos seguir para vivermos em um planeta mais próspero para todos. O evento será transmitido, a partir das 17h, pelo youtube do Museu do Amanhã.
Nesta quinta-feira, dia 29, vamos refletir sobre as soluções do presente para o futuro: o que estamos fazendo para a construção de amanhãs mais sustentáveis? No debate, mediado pela jornalista Daniela Chiaretti, teremos a participação de Luciana Villa Nova, gerente de Sustentabilidade da Natura e responsável pelo Programa Amazônia, Fabio Scarano, professor de ecologia da UFRJ, e Francisco Pianko, ativista indígena e liderança do povo Ashaninka. Neste diálogo, serão abordadas as soluções praticadas no presente que buscam mitigar os efeitos dos desafios ambientais vividos em todo o planeta, para alcançarmos o futuro que queremos. O encerramento fica a cargo de Pedro Bial.
No primeiro dia do evento, no último dia 22 de abril, o ponto de partida foi a pergunta: qual o valor da natureza para as jovens lideranças? Após a abertura, com a palestra de Thomas Lovejoy, ambientalista e biólogo norte-americano especializado em biodiversidade, o debate reuniu Amanda Costa, ativista formada em Relações Internacionais e empreendedora no Perifa Sustentável; Marilene Rocha Batista, jovem liderança da Reserva Extrativista de Cassurubá; e Muká Yawanawá, liderança jovem da terra indígena do Rio Gregório do Povo Yawanawá. Amanda ressaltou que é preciso olhar para soluções políticas que sejam coletivas, para que impacte a comunidade como um todo. “É muito importante que a gente cobre os tomadores de decisão, que a gente participe das consultas, que exista esse espaço e que a gente procure esse espaço. Porque é através das políticas públicas que a gente vai conseguir transformar a nossa situação". Marilene ressaltou a importância da natureza no meio onde vive, afirmando que “a natureza para mim é a vida e a maior importância que tem dentro da minha comunidade é a natureza”.
"Já estamos vivendo uma crise climática e sabemos que pelo menos 30% das soluções para mitigar os efeitos desta crise advém da natureza. Por isso, temos que fazer valer a floresta em pé e restaurar cada vez mais florestas. É urgente o debate sobre iniciativas que promovam o desenvolvimento de economias sustentáveis e baseadas na conservação de áreas de extrema importância para as pessoas e para a natureza. Podemos transformar o futuro ao potencializar a restauração de florestas e a bioeconomia, ampliar áreas protegidas, fortalecer a governança de povos tradicionais e indígenas, fomentar o consumo consciente. Precisamos criar modelos de financiamento que favoreçam a conservação e estimulem a produção sustentável de commodities. Se engana quem acha que estamos falando apenas de biodiversidade e clima. Estamos falando de empregos, saúde, justiça social, bem-estar. Estamos falando do nosso futuro como humanidade. Precisamos avançar juntos, em um esforço de cooperação global, para alcançarmos um amanhã mais saudável, justo e sustentável para todos", destaca Mauricio Bianco, vice-presidente da Conservação Internacional no Brasil.
Para Ricardo Piquet, diretor executivo do Museu do Amanhã, há muitas ideias, projetos e soluções para o futuro que estão sendo desenhados agora e é preciso reconhecê-los e valorizá-los. “A construção de novos amanhãs tem que ser coletiva, ou seja, tem que partir de toda a sociedade, numa união de forças entre poder público, empresas, instituições e pessoas", afirma Ricardo Piquet, diretor presidente do IDG e diretor executivo do Museu do Amanhã. “É importante que novas lideranças surjam e se somem ao trabalho que outras pessoas já vêm realizando há muitos anos para, cada vez mais, engajar a sociedade nas mudanças de hábito que precisamos. Um bom caminho é nos inspirar nos que nos disseram que plantar árvores hoje é uma ação que vai garantir os frutos e sombras para as gerações futuras. Essa ideia é a semente que vai fazer germinar nossos futuros.
Serviço:
Seminário Sementes para o Futuro
Programação completa nos sites da Conservação Internacional e Museu do Amanhã.
Datas e horário: 22 e 29 de abril, às 17h
Onde: No YouTube do Museu do Amanhã
Sobre a Conservação Internacional:
A Conservação Internacional usa ciência, política e parcerias para conservar a natureza da qual as pessoas dependem para obter alimentos, água doce e meios de subsistência. Fundada em 1990 no Brasil, a Conservação Internacional trabalha em mais de 30 países em seis continentes para garantir um planeta saudável e próspero, que sustenta a todos. Mais informações: www.conservacao.org.br.
Sobre o Museu do Amanhã
O Museu do Amanhã é um museu de ciências aplicadas que explora as oportunidades e os desafios que a humanidade terá de enfrentar nas próximas décadas a partir das perspectivas da sustentabilidade e da convivência. Inaugurado em dezembro de 2015 pela Prefeitura do Rio, o Museu do Amanhã é um equipamento cultural da Secretaria Municipal de Cultura, que opera sob gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). Exemplo bem-sucedido de parceria entre o poder público e a iniciativa privada, o Museu do Amanhã já recebeu mais de 4 milhões de visitantes desde a inauguração. Tendo como patrocinador máster o Banco Santander, a Shell como mantenedora e uma ampla rede de patrocinadores que inclui empresas como IBM, Engie, Lojas Americanas, Grupo Globo, e ainda os apoios da B3, EY, Booking.com, Carrefour e CSN.
O IDG – Instituto de Desenvolvimento e Gestão é uma organização sem fins lucrativos especializada em gerir centros culturais públicos e programas ambientais e também atua em consultorias para empresas privadas e na execução ou desenvolvimento de projetos culturais e ambientais. Responde atualmente pela gestão do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, Paço do Frevo, em Recife, como gestor operacional do Fundo da Mata Atlântica e como realizador das ações de conservação e consolidação do sítio arqueológico do Cais do Valongo, na região portuária do Rio de Janeiro. Saiba mais em www.idg.org.br
Sobre o Museu do Amanhã e os ODS da ONU
Em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou a Agenda 2030 com 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem ser implementados por todos os países do mundo até 2030. Tendo como pilares a sustentabilidade e a convivência, o Museu do Amanhã está comprometido com a realização desta agenda, que prevê erradicar a pobreza e a fome; proteger o planeta da degradação por meio do consumo e da produção sustentáveis; assegurar vida próspera e realização pessoal das pessoas através do progresso econômico, social e tecnológico, em harmonia com a natureza; e promover a paz. Para saber mais sobre cada ODS, acesse o site da ONU: https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/.